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Clima entre grevistas e governo continua tenso

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O clima entre grevistas e governo continua tenso. Ontem, por volta de meio dia, logo após o encerramento do evento de lançamento do Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento (PAI), no Oliveira’s Place (leia mais na página 11), policiais civis e militares quase entraram em confronto direto.

Os grevistas chegaram no início do evento e formaram um corredor à frente do portão de entrada. Com faixas, um boneco vestido de agente com uma corda no pescoço e megafones, eles gritavam para as autoridades que entravam: “Negocia, negocia”.
Os secretários João Furtado Neto, da Segurança Pública, e Giuseppe Vecci, de Gestão e Planejamento, passaram pelos manifestantes. O primeiro parou para conversar e explicou que não há condições de negociação. “Não é possível dar aumento só para uma categoria na Segurança Pública porque trabalhamos em equipe.” O governador Marconi Perillo entrou pelo fundo do auditório, no portão da rua paralela.

Empurra-empurra

Ao final do evento, um grupo de grevistas aguardava pelo mesmo local a saída do governador e, assim que o portão foi aberto pela equipe que fazia a segurança do evento, um policial civil tentou entrar no estacionamento. Foi empurrado para fora por um segurança do governo, o que gerou revolta entre os colegas grevistas, que partiram para cima dos militares.

Um agente chegou a sacar a arma, enquanto um colega gritava “se é para morrer, vai morrer gente dos dois lados”, elevando a tensão entre os policiais. Alguns PMs presentes também colocaram a mão nas armas, fazendo menção de que poderiam sacá-las. Mas logo um grupo de grevistas e PMs atuaram para acalmar os ânimos e conseguiram retirar pacificamente os manifestantes do estacionamento do local. Marconi não foi visto saindo pela garagem.

Durante discurso, o governador pediu que a diretora-geral da Polícia Civil, Adriana Accorsi, levasse aos manifestantes o “abraço e respeito” do governo, mas também um apelo para que retomassem as atividades. “Que voltem ao trabalho e possam continuar dialogando numa perspectiva futura, de respeito que sempre existiu entre nós.”

Não é a primeira vez que um ato dos grevistas quase terminam em confronto entre as polícias. No dia 17 de julho, uma mulher e um homem que seriam agentes de informação da PM foram retirados à força de uma assembleia de agentes da Polícia Civil. Segundo os participantes, os dois estavam gravando a reunião para repassar à secretaria. Ambos foram empurrados para fora.

Os policiais civis têm reunião hoje com Furtado, que não deve apresentar nenhuma outra proposta aos grevistas, sob a alegação de que aumento para os policiais civis comprometeria a lei de responsabilidade fiscal.

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