Trânsito e cidadania: um desafio permanente em busca da harmonia

O Trânsito é o maior espaço democrático do mundo, e o maior ponto de junção dos diversos grupos e indivíduos da sociedade. Entretanto, como espaço democrático e social no qual, o indivíduo tido como elemento principal neste meio, necessita de respeito. É no trânsito que nos inter-relacionamentos de maneira direta e/ou indireta com todos os tipos de indivíduos, seja ele humano, animal ou vegetal, uma vez que todos estes elementos constituem o meio ambiente.
É no transitar este espaço democrático que desempenhamos nossas principais funções do dia-a-dia, no quotidiano de nossas vidas. Nele deslocamos de um lugar para o outro, por meio de rodovias, vias urbanas ou vias rurais. Recebemos mercadorias essenciais para nossa sobrevivência, recebemos nossos entes queridos, boas notícias ou até mesmo notícias não agradáveis, mas necessárias a nossa vida social. Porém, uma triste estatística revela que muitos utilizam desse meio para descarregar suas tensões, fazendo com que o mesmo se torne palco de violências, atritos e conflitos, levando muitos a perderem sua própria vida ou provocar morte de outrem por causa de intolerâncias ou ignorância ou até mesmo arrogância. O código de trânsito brasileiro (CTB) art. 1º § 5º nos diz que, os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio ambiente. Já o § 2º diz que em condições seguras, é um direito e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito, prevendo aqueles que o desrespeitarem penalidades. Portanto, leis, regidas por códigos por si só não se faz valer, e para que se faça cumprir é preciso conscientização do indivíduo diante desta arma tão poderosa que é o acesso as vias de circulação. Para se tornar um bom cidadão do trânsito seja um bom motorista, para isso basta respeitar as normas do código de trânsito brasileiro, as quais interpelam para preservarmos o maior bem comum que é a vida. Motorista você também é pedestre! Por isso, seja atencioso, seja gentil, saiba ser tolerante, cooperativo, evite confrontos e acima de tudo exerça sua cidadania.
Entretanto, não só o motorista faz parte desta movimentação nas vias, mas também o pedestre, e assim como o primeiro também deve fazer sua parte e zelar para uma boa convivência, respeite os limites de espaço do outro, as faixas de pedestre mesmo que no nosso caso, aqui na cidade de Iporá, elas existam como forma imaginada. Por isso nós na condição de pedestres e/ou motoristas devemos dar sempre a preferência, faça a Direção Defensiva ela possibilita ás vezes evitar até o inevitável.   
Portanto, proponho aqui uma reflexão para que todos nós independente de nossa condição de estar motorista ou pedestre, venhamos refletir diante da conscientização de um trânsito cada vez mais humanizado e harmônico na sociedade de Iporá, assim como em todas as municipalidades de nosso querido Brasil.

Elizangela Vilela de Almeida Souza, Instrutora teórica de trânsito, com o curso cidadania e meio ambiente, Especialista em Formação docente em História africanas e afro-americanas.