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Segurança

Vai viajar? Atenção para os trechos precários das rodovias goianas

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Pelo menos 13 trechos de rodovias estaduais (GOs) estão em estado precário. Sindicatos de transportadores de carga e passageiros, motoristas e usuários das GOs elegeram os piores trechos para quem trafega nas rodovias sob responsabilidade da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop). O levantamento apontou 12 trechos esburacados que prejudicam a trafegabilidade e provocam incidentes e acidentes. A Agetop contesta um deles, mas acrescenta outro que não fora citado.

O trecho mais citado entre todas as pessoas que responderam à reportagem (22 empresas, sindicatos ou motoristas) é a GO-070, entre a cidade de Goiás e Itapirapuã, que possui 56,5 quilômetros (km). A Agetop confirma a precariedade do trecho, que não constava em nenhuma lista do programa Rodovida Reconstrução, mas entrou na prioridade da agência às 9 horas de segunda-feira, quando foi aberta a licitação e agora o local faz parte da segunda etapa do programa.

Além disso, uma operação tapa-buraco e de conservação da rodovia, segundo o diretor de Manutenção e Operação da Agetop, Francisco Humberto Moreira, já foi iniciada no trecho. A operação faz parte do programa Rodovida Conservação que, após problemas com as licitações, iniciou a liberação das ordens de serviço e, nos próximos 15 dias, deve trabalhar em 20 rodovias pavimentadas e 14 não-pavimentadas com trabalhos de tapa-buracos, roçagem das margens, melhoria na sinalização e limpeza.

A situação apontada pelos entrevistados na GO-164 é contestada pela Agetop. Na visão dos motoristas, o trecho de 268 km entre Faina e São Miguel do Araguaia está em péssimo estado, sendo citado por empresas de transporte de passageiros como um dos mais preocupantes. Em contrapartida, a Agetop afirma que a ligação entre as cidades está em bom estado de conservação, tendo sido reconstruída recentemente e que faltaria apenas a finalização da pintura na pista.

A Agetop reconhece que a GO-118 entre Alto Paraíso e Campos Belos requer cuidado por parte dos motoristas. A extensão não foi citada por nenhum dos entrevistados e o trecho está previsto para ser reconstruído a partir do segundo semestre de 2013, na segunda etapa do Rodovida Reconstrução. Somando os 13 trechos citados – levando em conta a GO-164 – são 970,4 km de rodovias estaduais em péssimo estado de conservação.

PACIÊNCIA
O trecho precário da GO-217 é o único que não possui grande extensão – é um viaduto que está em construção na entrada da cidade de Professor Jamil, mas que se encontra com as obras paradas no momento. Francisco Humberto afirma que mesmo as rodovias citadas pelos usuários devem ser melhoradas nos próximos 15 dias. “A gente pede paciência da população neste período, mas 34 empresas já iniciaram os trabalhos e vamos dar a resposta aos usuários.”

Dentre os 13 trechos das rodovias citados, 8 estão incluídos no Programa Rodovida Reconstrução 2 da Agetop, com previsão de início das obras ao final do período chuvoso – por volta de abril de 2013. Os demais só devem ser recuperados a partir de 2014, fazendo parte do Rodovida Reconstrução 3 e, na visão da Agetop, requerwm manutenção para que possam ter boa trafegabilidade até que se inicie a reconstrução.

Fazem parte deste último grupo o viaduto em Professor Jamil da GO-217 e os trechos entre Iporá e Montes Claros (GO-174), entre Goiânia e Nova Veneza (GO-462), Goiânia e Bonfinópolis (GO-010), Trindade e Anicuns (GO-326). No entanto, como em todas as obras, podem ocorrer atrasos. O policial militar Fábio de Oliveira Cunha, de 32 anos, conta que a GO-080 entre Goianésia, onde mora, e Jaraguá já deveria ter sido reconstruída neste ano, mas até hoje isso não ocorreu.

O policial relata ainda que o serviço de conservação das rodovias pode ser útil para quem trafega pela GO-080 no trecho de Goianésia a Goiânia. No fim de outubro, quando veio até a capital, Fábio verificou ao menos quatro veículos parados para a troca de pneus, que haviam sido furados pelos buracos no local.

Empresas sofrem prejuízo
Estradas esburacadas e chuvas que pioram as condições de tráfego causam aumento na taxa de manutenção de caminhões e ônibus. Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Goiás (Setceg), Paulo Afonso Rodrigues Lustosa, os buracos encarecem o frete em até 30%, o que é repassado para o consumidor. Paulo conta que os empresários convivem muito tempo com a inoperância dos governos. “Agora a desculpa é a chuva, tudo bem, mas na época da seca ninguém faz nada também”, avalia.
A estratégia dos empresários tem sido a mudança de rotas, quando é possível. Atualmente, por exemplo, o trajeto para algumas cidades tem sido feito por rodovias federais, que estão em melhor estado.
A estratégia é também utilizada pela dona de casa Neiriane Marques, de Montes Claros de Goiás, quando vem a Goiânia. Ela percorre a GO-174, entre Iporá e Montes Claros, que tem 10 quilômetros (km) asfaltados e 23 km sem asfalto, após o município de Diorama.

 

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