Um mês depois, parentes ainda buscam respostas para a queda do helicóptero da Policia civil

Um mês após a queda do helicóptero da Polícia Civil em Piranhas, Goiás, familiares das vítimas continuam em busca de respostas sobre as causas do acidente. “A gente quer saber se foi falta de manutenção ou se foi defeito de fábrica. A gente quer uma solução, para que a morte dele não tenha seja em vão”, afirma Marizet Gonçalves da Rocha Passos, esposa do delegado Antônio Gonçalves, um dos sete policiais civis que morreram na tragédia.
“Assistir ao jogo de futebol, fazer viagens. Tudo isso ficou pendente devido à forma repentina que aconteceu tudo”, lamenta Antônio Gonçalves Júnior, filho do delegado.
Entre as vítimas estavam os policiais que investigavam a chacina em que sete pessoas foram degoladas em uma fazenda em Doverlândia, a 403 quilômetros de Goiânia, e o principal suspeito do crime. Tanto o crime quanto as causas do acidente continuam sob investigação.
Na casa do delegado Antônio Gonçalves, que estava há 43 anos a serviço da polícia, o escritório está da mesma maneira. Declarações afetuosas de colegas e até anônimos, ajudam a burlar o sentimento da perda pelo de orgulho. “Demonstração de carinho, demonstração de afeto por parte das outras pessoas é o que mais me surpreende”, afirma Eduardo Gonçalves Rocha, filho do delegado Antônio.

Acidente aéreo
Os dois helicópteros da Segurança Pública, iguais ao do acidente, estavam parados há quase um mês e não podiam passar por manutenção, porque a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) encontrou pendências nos documentos da empresa que fazia o serviço.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), a manutenção foi liberada. Os peritos continuam investigando as causas que levaram à queda. Qualquer conclusão não deve sair em menos de seis meses.

Chacina
O material da investigação da chacina em Doverlândia que estava na aeronave não foi totalmente perdido. A Superintendência de Polícia Judiciária informou que tinha cópias de muita coisa que foi queimada e informou também que a nova equipe de delegados designada desde o acidente para conduzir o caso tem convocado muitas testemunhas que já tinham prestado depoimento sobre o caso.