Saúde
Trocas de farpas marcam a reunião do Conselho Municipal de Saúde de Iporá
Estiveram reunidos no local onde é realizado os atendimentos pelo Posto de Saúde da Família (PSF) da Vila Brasília na noite de ontem (27), representantes de diversas entidades ligadas a saúde e funcionários da Secretaria Municipal de Saúde juntamente com moradores para a discussão de melhorias para a saúde no setor.
A reunião que tinha como pauta a discussão de temas relacionados ao atendimento e agendamento de consultas, se encerrou sem ser apresentada nenhuma solução, ou propostas de melhorias para o setor. Sem uma problemática e com pouca participação dos moradores do setor, as poucas opiniões e questionamentos feitos pela população não teve apresentadas respostas ou possíveis soluções pelos funcionários da Secretaria Municipal de Saúde que estiveram presentes na reunião .
Utilizada para muitas trocas de farpas, indiretas e até discussões entre funcionários públicos ligados a Prefeitura Municipal de Iporá e convidados, a reunião do conselho municipal de saúde, contou com a presença da secretária de saúde de Iporá, Daniela Sallum, o diretor do Hospital Municipal de Iporá, Celismar Domingues, representantes da Associação de Combate ao Câncer de Iporá, Igrejas Batista, Assembléia de Deus e Católica do setor.
O setor que sofre com a poeira devido a falta de asfaltamento, lotes sem limpezas tomados por mato e o crescimento do número de casos de dengue, ainda aguarda a finalização da reforma do Posto de Saúde da Família (PSF) que segundo moradores já se encontra em reforma a mais de 8 meses. Enquanto isso, os atendimentos a população está sendo realizado em uma residência que foi alugada e adaptada para receber os consultórios e áreas necessárias para a recepção dos pacientes e realização de programas, palestras e atendimentos.
Finalização da reforma do PSF
Segundo a secretária de saúde de Iporá, Daniela Sallum, a obra de reforma do PSF ainda permanece sem data para conclusão, uma vez que faltam documentações que deveriam ter sido providenciados pela administração do ex-prefeito José Antônio para que fossem liberadas verbas para a conclusão da obra, e que entre as documentações, faltam fotografias do andamento das obras, que são necessárias para dar seguimento no projeto da obra, que aguarda a chegada de recursos para a conclusão.
Melhorias no atendimento e agendamento de consultas
Um dos temas da reunião inicialmente foi a questão do agendamento de consultas no PSF, que segundo informações de funcionários da unidade acontecem unicamente nas sextas-feiras. Valdeci Lima que é presidente do conselho, afirmou que cerca de 100 moradores do setor fizeram um abaixo-assinado contra o sistema de agendamento, porém no decorrer da reunião não foi possível decidir como mudanças poderiam melhorar o agendamento devido a falta de participação popular para apresentar os problemas que essa forma de agendamento de consultas está trazendo para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) do setor.
Trocas de farpas e indiretas durante a reunião
A reunião que foi marcada para quem sabe, se tornar uma oportunidade de apresentações de idéias que pudessem levar a melhorias na saúde pública do setor, se tornou uma grande oportunidade para trocas de farpas, transferências de responsabilidades e tentativas de ridicularizar o trabalho prestado pelo conselho municipal de saúde.
O conselho municipal de saúde que não é remunerado financeiramente e que tem como principal função fiscalizar a aplicação das verbas da prefeitura destinadas a saúde e ações da Secretaria Municipal de Saúde, enfrentou duras criticas por parte dos funcionários públicos que estavam no local, o que foi colocado diversas vezes pelos presentes como tentativas dos funcionários em desqualificar e impedir o trabalho do Conselho.
Ao contrário do que se podia esperar de uma reunião que foi composta em sua maioria por agentes públicos formados e com grande experiência na área da saúde, o tema principal das discussões circularam em torno de políticas e preferências partidárias, enquanto os moradores mais simples que estavam na reunião se perdiam em meios a assuntos que pareciam desconhecer, como por exemplo a ligação de participantes da reunião a partidos políticos que não possuem ligação com a administração psdbista de Iporá.
Nenhuma solução é apresentada para os problemas levados pelos moradores
Dentre os poucos questionamentos levados pela população que esteve presente na reunião, a cobrança por asfaltos, limpezas de lotes e melhorias na infra-estrutura do setor foram os temas que mais mexeram com os ânimos dos moradores, porém, um morador questionou a demora de mais de 60 dias para se conseguir fazer exames que possam confirmar ou não, o diagnóstico de câncer. Segundo o morador, ele já está aguardando a mais de 60 dias para conseguir fazer os exames. Porém o morador foi embora sem uma resposta para o seu caso, já que a secretária de saúde de Iporá, Daniela Sallum, afirmou que devido a grande fila de espera essa demora é comum e que o caso do morador não é uma exceção, devido a falta de profissionais capacitados.
A próxima reunião do Conselho Municipal de Saúde está marcado para o dia 24 de junho no PSF da Vila Itajubá, onde serão discutidos os problemas da saúde do setor.