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Cidades

Surgem novos casos de dengue em Iporá

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Falta de fiscalização e desleixo de alguns moradores com os cuidados básicos no combate à dengue, são os dois fatores apontados pelos próprios residentes do bairro, onde confirmou-se dois (2) casos na semana passada, sendo que outros três (3) estão sob suspeitas.

Enquanto a Secretaria Municipal de Saúde afirma que a dengue não é mais um risco, os proprietários da Quadra 73 da Vila Brasília na cidade de Iporá, assim não entendem. É só andar um pouco pela Vila Brasília, para entender o porque. Lixo espalhado, sucata acumulada na porta de residência sem nenhuma proteção contra a chuva, são alvo fácil para o acúmulo de água e criadouros perfeitos para o mosquito.
Com a tia Regina Lúcia da Silva, internada no Hospital das Clínicas em Goiânia, Meilene Grécia, moradora do bairro onde o surtou reiniciou, contou que há 10 dias sua tia foi infectada.  Procurando pelo posto de saúde local, as enfermeiras chegaram a duvidar da suspeita. Cada dia mais debilitada, outras doenças começaram a acometê-la, e o recurso não foi outro, senão que encaminhá-la para a capital. ”O estado dela é grave. Nesse final de semana a mesma sofreu três (3) paradas cardíacas”, lamentou a sobrinha. O fato, é que ante a ausência diária de médico no PSF do bairro, os pacientes obrigam-se a se deslocarem ao Hospital Municipal para receber atendimento.

Sr. Raimundo e Sra. Benedita

Sr. Raimundo e Sra. Benedita


Em conversa com demais moradores, estes confessaram a negligência e disseram que existe acompanhamento dos agentes de saúde, mas que precisa ser aperfeiçoado. O fumacê passou sexta-feira (15) no local.
O casal Raimundo Nobre de Almeida (70 anos), e Benedita Aleixo do Castro (69 anos), indignados com a situação, revelaram que além do tratamento dos agentes, eles realizam combate constante dentro da sua residência, mas seus vizinhos não se preocupam em limpar seus quintais, ”A água do cachorro, por exemplo, fica dias sem ser trocada”, desabafa.
Outra dificuldade apontada pelo Sr. Raimundo, foi quanto a falta de colaboração de alguns moradores na recepção da equipe de epidemias. Para ele, um apoio da Polícia Militar na vistoria das casas onde estivessem vazias, ou com donos resistindo, seria uma medida que poderia tornar o combate mais abrangente. “Apesar da equipe jogar remédios, nós temos que dar continuidade ao serviço e todo dia estar olhando, não dá para se acomodar.
Sr. Raimundo mostrando as visitas dos agentes

Sr. Raimundo mostrando as visitas dos agentes

Na minha casa aquele mosquito não entra.”
O período de seca contribui para a diminuição dos casos da dengue, doença causada pelo mosquito Aedes Aegypti, fazendo com que muitas pessoas passassem a se preocupar menos, jogando lixo a céu aberto nos terrenos baldios, não olhando os quintais. Os iporaenses lembram-se bem do período das últimas chuvas. Foram cerca de 750 casos de dengue notificados, mais de 200 confirmados. O município só perdeu em número, para as grandes cidades, como Goiânia, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Anápolis e Jataí, ocupando a 6ª colocação no ranking. Portanto, é necessário a união de todos, poder público, secretaria de saúde e  população, para que fatos como esse não voltem a acontecer.

 

 

 

 

 

 

 

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