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Cidades

Sobe para cinco o número de mortes investigadas por dengue em Iporá

Atualização do boletim da doença pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (10), mostra três novas mortes sob investigação.

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A cidade de Iporá enfrenta um dos cenários mais preocupantes da dengue no estado. O número de mortes sob investigação relacionadas à doença subiu de duas para cinco, conforme atualização desta segunda-feira (10) do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Até o início de fevereiro, apenas duas mortes estavam sendo analisadas. No entanto, na última semana, o Diário do Interior revelou a ocorrência de mais duas vítimas. Hoje, o painel de monitoramento mostrou que o total de óbitos suspeitos em Iporá é de cinco. A prefeitura, no entanto, não tem divulgado quaisquer informações sobre essas mortes.

Entenda: 
– Idosa de 70 anos morre vítima de dengue hemorrágica na UPA de Iporá
Nova vítima de dengue hemorrágica em Iporá era policial militar da reserva e tinha 74 anos
Estado investiga duas mortes por dengue em Iporá
– Iporá lidera o ranking de casos confirmados de dengue em Goiás

Crescimento acelerado dos casos e mortes
Entre as mortes investigadas está a de uma senhora de 70 anos, que faleceu no dia 26 de fevereiro na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Iporá. Ela foi vítima de dengue hemorrágica, uma das formas mais graves da doença. Outro caso recentemente noticiado envolve um policial militar da reserva, de 74 anos, que também não resistiu às complicações da dengue.

Além do aumento no número de mortes sob análise, Iporá, que chegou a liderar o ranking da doença em Goiás, continua se destacando negativamente como a cidade com mais casos confirmados de dengue no oeste goiano. De acordo com dados desta segunda-feira (10) do Ministério da Saúde, o município registrou 1.327 infecções nos primeiros 70 dias de 2025. Esse número coloca Iporá à frente de todas as outras cidades da região oeste de Goiás.

Boletim do Ministério da Saúde, atualizado nesta segunda-feira (10)

Falta de transparência da prefeitura e inconsistências nos dados
Apesar do cenário alarmante, a Prefeitura de Iporá tem sido criticada pela falta de divulgação de boletins epidemiológicos atualizados e completos. A ausência dessas informações compromete a transparência e dificulta a conscientização da população sobre a real gravidade da situação. No primeiro boletim do ano divulgado pela prefeitura, publicado nos stories do perfil da prefeitura no instagram, na última sexta-feira (10) e disponível por apenas 24 horas, não foram apresentados dados sobre óbitos, internações ou casos graves da doença.

Outra polêmica envolve os dados apresentados pela administração municipal sobre o combate ao mosquito transmissor. Segundo a prefeitura, somente em janeiro, agentes de saúde visitaram 16.527 imóveis e encontraram focos do Aedes aegypti em apenas 225 deles. No entanto, de acordo com dados do IBGE, o número total de imóveis na cidade é de 16.075, o que levanta questionamentos sobre a precisão das informações divulgadas.

Procurada para comentar sobre a escalada de casos e mortes, a prefeitura não se manifestou.

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