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Cidades

Servidores contratados de Iporá enfrentam incerteza, atrasos salariais e medo de demissão

Servidores contratados de Iporá enfrentam mais de 60 dias sem salário e temem represálias caso busquem a Justiça para garantir o pagamento.

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Servidores contratados do município vivem um momento de incerteza, dificuldades financeiras e ainda precisam conviver com o medo de buscar a Justiça para garantir seus salários e sofrer represálias por parte da prefeitura, incluindo possíveis demissões. Essa é a realidade de diversos profissionais da educação e saúde de Iporá que atuam no município sob contrato temporário.

De acordo com relatos de servidores, o último pagamento recebido por eles foi o referente ao mês de novembro. Desde então, os salários não foram mais depositados. O pagamento de dezembro, que deveria ter sido efetuado até o dia 5 de janeiro, não foi realizado. E em reunião com representantes da prefeitura, os trabalhadores foram informados de que a administração municipal não efetuaria os pagamentos e que, para receber os valores devidos, deveriam recorrer à Justiça.

Todos foram pegos de surpresa e, desde então, enfrentam uma batalha solitária para garantir seus direitos. Segundo os próprios servidores, até o momento, eles não têm recebido suporte necessário do município, câmara de vereadores ou do Ministério Público sobre o caso, e que, a única vereadora a vir a público para tratar sobre o tema foi a vereadora Viviane (PT), que publicou um vídeo sobre o caso nas redes sociais, em defesa dos servidores.

Durante a reunião com representantes da prefeitura, foi sugerido que os servidores procurassem o Fórum para obter assistência jurídica gratuita. No entanto, aqueles que buscaram esse auxílio foram informados de que não poderiam ingressar com uma ação desse tipo no Fórum e que precisariam contratar um advogado particular, cujo custo seria de, no mínimo, 30% do valor devido. O alto custo, somado à incerteza sobre a duração do processo, que pode se arrastar por meses na Justiça, inviabiliza essa alternativa para muitos servidores.

Medo de represálias e demissões
Além da angústia pela falta de pagamento, muitos servidores seguem exercendo suas funções e temem que, ao ingressar com uma ação judicial contra o município, possam sofrer retaliações, perseguições ou até mesmo demissões. A falta de informações claras por parte da prefeitura agrava ainda mais o receio dos trabalhadores, que temem buscar esclarecimentos sobre a situação.

Ilegalidade dos contratos
Apesar da reunião realizada em 30 de janeiro, a prefeitura não divulgou oficialmente, em seus canais de comunicação, quais seriam as ilegalidades nos contratos que estariam impedindo o pagamento pelos serviços prestados. A transparência dessas informações permitiria que a comunidade acompanhasse de perto o caso e compreendesse os problemas apontados pela gestão municipal.

Servidores aguardam posicionamento do Ministério Público
Diante da situação, os servidores esperam que a repercussão do caso motive o Ministério Público a acompanhar de perto a questão e intervir para garantir que os trabalhadores recebam seus salários, evitando um agravamento ainda maior da crise. Há expectativa de que a situação possa ser resolvida de forma mais ágil por meio de um acordo extrajudicial, mediado pelo Ministério Público, que garanta o pagamento sem necessidade de longas disputas judiciais.

Salário: sustento essencial para muitas famílias
Para muitos desses servidores, o salário atrasado é a única fonte de renda da família. Sem o pagamento, várias casas enfrentam dificuldades para arcar com despesas básicas, como alimentação, moradia e contas essenciais. O impacto financeiro e emocional sobre essas famílias é severo, tornando urgente uma solução que assegure a dignidade e o direito ao trabalho dos servidores. Além disso, o atraso salarial compromete não apenas a vida dos profissionais afetados, mas também a qualidade dos serviços essenciais prestados à população, como educação e saúde.

Prefeita Maysa Cunha prometeu pagamento até 31 de janeiro
No dia 18 de janeiro, a prefeita Maysa Cunha, acompanhada do vice-prefeito de Iporá, Léo Contador, comprometeu-se, em um vídeo publicado no perfil oficial da prefeitura, a realizar o pagamento do salário referente ao mês de dezembro de todos os servidores do município até o dia 31 de janeiro.

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