Saúde
A pílula do dia seguinte
A contracepção de emergência, também chamada de pílula do dia seguinte, é um método contraceptivo usado para prevenir a gravidez não planejada durante o período fértil. É eficaz, mas deve ser utilizada somente em situações especiais.
Ela deve ser tomada apenas quando o método contraceptivo escolhido falha, pois além de apresentar efeitos colaterais muito mais severos que a pílula comum, e ser mais cara, o contraceptivo de emergência não protege das doenças sexualmente transmissíveis. Contra elas, só mesmo a boa e conhecida camisinha.
Existem hoje no mercado, dois tipos de pílulas do dia seguinte. Uma delas vem em dose única e a outra possui dois comprimidos (um ingerido logo após a relação e outro após 12 horas). Seja qual for o tipo, deve ser usado no máximo 72 horas após a relação sexual, pois quanto mais tempo demorar, menor será a eficácia da pílula.
Esse tipo de contraceptivo age antes que a gravidez ocorra. Se a fecundação ainda não aconteceu, o medicamento vai dificultar o encontro do espermatozóide com o óvulo. Agora, caso já tenha se iniciado a gravidez, a pílula não tem efeito algum.
É preciso receita médica para comprá-la, embora seja possível adquiri-la nas farmácias sem prescrição. No entanto, mesmo que você dispense a receita, procurar por orientação antes é indispensável. Só um ginecologista poderá dar certeza de que o medicamento é indicado para o caso, pois todo medicamento pode causar efeitos colaterais. Ou seja, pode ser que fique impossível calcular o período fértil da mulher e o dia de sua menstruação será um verdadeiro enigma. Além disso, dor de cabeça, sensibilidade nos seios, náuseas e vômitos são sintomas comuns. Há ainda as contra-indicações para a pílula, por exemplo, ela não é aconselhável para quem sofre de alguma doença hematológica ou vascular, é hipertensa ou é obesa mórbida porque a grande quantidade de hormônio pode provocar pequenos coágulos no sangue que obstruem os vasos.
Por fim, é preciso deixar claro que a pílula do dia seguinte não deve ser usada como um método contraceptivo de rotina, pois como o próprio nome diz, ela é para ser usada em casos de emergência e não como um anticoncepcional convencional, como muitas mulheres estão fazendo. A dose alta de hormônio do medicamento, cerca de 20% a mais do que o existente em um anticoncepcional convencional, aumenta o risco dos efeitos colaterais.
Cecilma B. Borges
Farmacêutica Bioquímica
Farmácia Santa Marta
Fonte: Revista Boa Forma
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