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Política

Profissinais de Córrego Danta trouxe contribuições ao Município de Iporá na área da agricultura

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Uma equipe de profissionais ligados a agricultura familiar do Município de Córrego Danta, do centro oeste de minas Gerais e cooperados da Coomafir se reuniram com os vereadores nesta quarta-feira, 30, às 14h00min na sala das comissões para uma troca de experiências sobre o desenvolvimento do projeto Pró-leite em ambos os municípios.

O intercâmbio entre produtores foi intermediado pelo Médico Veterinário e Professor do IF Goiano – Campus Iporá, Wanderley Borges. A equipe de Córrego Danta estava composta por Luiz Cláudio Coimbra, Agrônomo da Emater-MG; Vanderson Maia, Zootecnista, coordenador do programa pró-leite e Secretário da Agricultura de Córrego Danta e, Amanda Kelly Elias Ferreira, profissional da área ambiental de Córrego Danta. No entanto, dentre os nove vereadores apareceram Devaci Dias, Valdeci Lima e Suélio Gomes.

Na reunião, os visitantes apresentaram o projeto desenvolvido em Córrego Danta. Sendo que seu inicio data de 2010 e, portanto, já se encontra em fase mais desenvolvida. De maneira que já vem apresentando resultados positivos.

Segundo, Vanderson Maia, Secretário da Agricultura de Córrego Danta, Zootecnista e Gestor do Pró-leite, a implementação do projeto se deve a uma constatação, a saber, a descoberta que na época que era produzido 3 litros de leite por vaca existente no município. Mediante tal constatação veio também a necessidade de se fazer algo. Sendo assim, resolveram criar uma Secretaria da Agricultura, no dizer de Vanderson Maia, autônoma, com técnicos, veículo e implantaram o Pró-leite. Fizeram focando mais em qualidade do que quantidade, ou seja, priorizando o aspecto técnico do projeto e não o aspecto político. Sendo assim, implantaram o projeto em quatro ou cinco unidades demonstrativas que serviriam como multiplicadoras e referência e, posteriormente implantarem em mais 25 unidades.

Nota que em Iporá, houve vereador que questionou a doação de R$ 6.000,00 mensais a Coomafir para contratação de técnicos, achando o valor elevado, sendo que em Quirinópolis além dos repasses da Prefeitura de Rio Verde há repasses na ordem de R$ 50.000,00 por parte da Prefeitura de Quirinópolis. Estes recursos são gastos com técnicos, para efetivação de programa similar denominado “Tanque cheio”.

A equipe trouxe um mapa e apresentou os resultados. No caso de um proprietário que utilizava 100% de sua propriedade, 40 hectares para produzir 100 litros de leite, passou a utilizar uma quantidade menor, correspondente a 7,8 hectares para produzir aproximadamente 500 litros de leite. Isto com a área totalmente averbada, com suas áreas ambientais totalmente demarcadas e ainda, com uma plantação de eucalipto em 31% da área. Segundo Vanderson, a plantação visa gerar uma segunda receita, de maneira que o primeiro corte serve para substituir o gado tradicional por um mais produtivo e o segundo e terceiros cortes ficam para o produtor para pagar, por exemplo, a faculdade do filho. Segundo Vanderson, o projeto gerou um cinturão verde ao redor da área, restando ainda a este produtor 18% da área utilizada anteriormente para expandir sua produção.

Dentre os benefícios que Vanderson apresentou citou o fato deste produtor que produzia apenas 100 litros de leite por dia que mal dava para sustento, atualmente, ou seja, seis anos depois em ter adquirido tanque, gerador de energia; cerca elétrica; ordenha, material de ordenha e outros. Mesmo entrando com 50% de entrada no material e restando 22 parcelas para finalizar o pagamento. Ademais, o salto de uma renda de R$ 434,00 para quase R$ 3.000,00.

Citou outra vantagem que serviu como dica, se outrora, na condição de pequenos produtores não tinham condições em adquirir certos insumos de qualidade, por exemplo, o caso da semente de milho transgênico de certa empresa a R$ 310,00, agora conseguem este insumo a R$ 270,00. Por isso que se aliam a grandes empresas, renomadas e que possuam uma política de responsabilidade social, pois segundo Vanderson Maia para estas empresas é importante vender para o pequeno produtor, pois melhoram sua imagem e principalmente não se utilizam de práticas que venham prejudicar o produtor, pois possuem um nome a zelar.

Outro benefício citado foi o fato de 92% das estradas vicinais do Município de Córrego Danta estarem transitáveis. Aproveitando a disponibilidade de uma jazida de brita próximo a 30 km, a Prefeitura estabeleceu uma parceria com os produtores de maneira que estes adquirem a brita e a Prefeitura fornece a mão-de-obra e maquinário.

Vanderson disse que a hora de manejo de terra por meio de patrulha agrícola que comumente é cobrado R$ 60 a 70,00 a hora sai atualmente R$ 18,50 e com alta produtividade. Sendo que que até setembro ou outubro preparam cerca de 126 propriedades. No entanto, a Secretaria da Agricultura centraliza as 3 patrulhas agrícolas. Para Vanderson o objetivo do projeto consiste em mostrar que é possível produzir mais em menores espaços,  respeitando o meio ambiente.

O produtor iporaense está abandonado

Questionado pelos vereadores sobre a avaliação que faziam da agricultura iporaense, o Secretário da Agricultura titubeou e depois disse que seria franco, afirmando que os produtores da região estavam abandonados. Mas que acredita ser um meio caminho andado o fato de sentirem esta necessidade de mudança e os nomeou de desbravadores, nomeadamente a Coomafir e dupla de técnicos Carla Costa e Júnio. No entanto, quanto ao potencial disse que a região de Iporá está 20% a frente dos mesmos que é montanhosa e argilosa.

Além da Câmara de Vereadores, na terça-feira, 29, aconteceu uma reunião na Comunidade Buriti com os cooperados e no Instituto Federal Goiano- Campos de Iporá e com o Prefeito de Iporá, José Antônio da Silva Sobrinho. No dia 30 aconteceu uma reunião na Comunidade Jacinópolis com os cooperados. (João Batista da Silva Oliveira)

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