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Educação

Professores do estado participam de paralisação

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Professores e trabalhadores administrativos da rede estadual de ensino de Goiás fizeram um dia de paralisação em todo o Estado para protestar contra vários pontos que estão sendo desrespeitados pelo governo estadual no que diz respeito aos direitos dos trabalhadores da Educação. Caravanas de diversos municípios do interior vieram para Goiânia para participar das mobilizações organizadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego).

A primeira manifestação foi na porta da sede do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo), no setor Pedro Ludovico, em Goiânia. Profissionais de todas as regiões de Goiás vieram à Goiânia para protestar por ampliação do atendimento no interior, atualização dos pagamentos aos prestadores de serviço, fim das cotas e dos números de guias para médicos atenderem os servidores e recomposição do CNI e reuniões do conselho e que os serviços não sejam terceirizados. É uma bandeira antiga do Sintego e de outros sindicatos a luta para que o instituto tenha um quadro de profissionais e serviços com qualidade e quantidade necessárias para toda a demanda.

“O servidor paga em dia o seu Ipasgo e não tem como contrapartida um bom atendimento. Muito pelo contrário. São inúmeras denúncias de casos em que o servidor é constrangido, não consegue marcar uma consulta, paga por fora para ser atendido, espera meses por um exame e até mesmo casos em que o serviço é tão ruim que a pessoa corre risco de morte. O Estado precisa tomar pagar o que deve ao Ipasgo e assim atualizar deixar tudo em dia com os prestadores de serviços para melhorar o atendimento”, disse Bia de Lima, tesoureira licenciada do Sintego.

Os problemas em relação ao Ipasgo são muitos e foram listados pela direção do Sintego. Entre as principais, estão:
• demora em conseguir agendar consultas e exames;
• longa espera para a realização das mesmas;
• falta de médicos, hospitais, clínicas e laboratórios, principalmente no interior, onde a situação é pior;
• denúncias de que há médicos que atendem pelo Ipasgo impondo a cobrança de uma taxa ao paciente para fazer a consulta;
• denúncias de limites para retirada de guias;
• falta de atendimento médico nos finais de semana;
• ausência de auditores no interior.          

No decorrer da manifestação, a presidente do Sintego, Iêda Leal, e seis representantes de algumas regionais do sindicato se reuniram com o presidente do Ipasgo, Geraldo Lemos Scarulles. Ele falou da dificuldade do órgão em encontrar médicos para trabalhar pelo Ipasgo no interior e sobre os investimentos feitos em Goiânia e no interior.

Geraldo disse que o Ipasgo nunca impôs limites para retirada de guias e que qualquer tipo de cobrança por parte do médico que atende pelo Ipasgo é ilegal. E completou garantindo que todos os abusos e falhas constatadas pelos trabalhadores podem ser denunciadas diretamente ao instituto para providências.

Entretanto, o presidente do Ipasgo não apresentou prazos para colocar um fim aos problemas relatados pelo Sintego, inclusive o pagamento dos prestadores de serviços de saúde para atualizar e normalizar o atendimento.

“Temos de continuar cobrando e pressionando o governo para que a situação melhore. Do jeito que está é que não dá. O servidor paga tudo em dia e não tem culpa se o Ipasgo não consegue encontrar médico ou se não são tomadas providências para coibir abusos. O governo tem de resolver isso logo”, disse Iêda Leal, lembrando que as mobilizações permanecem.

OCUPAÇÃO DA SEDUC

Do Ipasgo, os trabalhadores seguiram em carreata até a sede da Secretaria Estadual de Educação de Goiás (Seduc), onde ocuparam o pátio e protestaram contra uma série de problemas que atinge a categoria. A presidente do Sintego, Iêda Leal, a tesoureira licenciada Bia de Lima, e mais de uma dezena de representantes das regionais do Sintego foram recebidos pela assessoria de comunicação da titular da pasta, Milca Severino, que não se encontrava na Seduc.

No encontro com a assessoria, os representantes da categoria fizeram uma lista de reivindicações:

– PLANO DE CARREIRA DO QUADRO TRANSITÓRIO DO MAGISTÉRIO – A secretária Milca Severino se comprometeu a encaminhar à Assembléia Legislativa na segunda-feira, dia 14, o projeto colocando um fim ao problema que já dura mais de 20 anos, mas até agora nada chegou aos deputados;

– PLANO DE CARREIRA DOS ADMINISTRATIVOS – A Seduc não apresenta nenhuma proposta para melhorar o plano e adequar a jornada de acordo com o salário, bem como garantir progressão na carreira;

– JUNTA MÉDICA – O Sintego quer que a Seduc estabeleça um convênio com o Ipasgo para resolver o problema de atendimento da Junta Médica no interior. Durante a reunião, trabalhadores relataram casos de humilhações e constrangimento. O Sintego quer um atendimento mais humanizado e que os trabalhadores do interior não precisem mais vir para Goiânia para serem avaliados pela Junta Médica.

– SÁBADOS COLETIVOS: Apesar de a secretária Milca Severino já ter declarado que não há nenhuma determinação da Seduc para que haja trabalho aos sábados, as escolas continuam recebendo ordens das subsecretarias para que o coletivo aconteça aos sábados. Portanto o Sintego reafirma que o planejamento coletivo será definido pelo coletivo da escola, inclusive horário e dia da semana, para garantir a autonomia da comunidade escolar;

– CORTES NA FOLHA: Professores relatam que as subsecretarias estão determinando o corte na folha de pagamento dos professores que se ausentam na aula sem darem a eles o prazo legal para reposição das aulas;

– INFORMAÇÕES DESATUALIZADAS – Trabalhadores reclamam que não conseguem obter informações precisas sobre processos diversos na Seduc, como por exemplo, o andamento de um processo por aposentadoria. O Sintego cobra maior agilidade e atualização das informações para serem oferecida aos funcionários.

Todas as queixas foram anotadas pela assessoria de comunicação. A presidente do Sintego informou esperar que a secretária tome providências a respeito das mesmas. “Vamos continuar cobrando até que tudo seja resolvido”, disse Iêda Leal.

Quanto ao Piso Salarial, depois que o Estado aprovou lei parcelando até o novembro o reajuste que deveria estar sendo pago integralmente desde janeiro deste ano, o Sintego vai entrar na Justiça com ação de cobrança para receber o retroativo que é direito de todos os professores.

Fonte:http://www.sintego.org.br

 

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