Segurança
Preso sargento acusado de atentado contra prefeito de Bom Jardim de Goiás
As investigações da Polícia Civil de Goiás levaram à prisão do sargento Lobo da Polícia Militar, acusado de atirar no prefeito de Bom Jardim de Goiás, Cleudes Bernades da Costa, conhecido como Baré (PSDB).
Segundo informações do próprio prefeito, candidado à releição no município, o sargento era chefe do pelotão da Polícia Militar em Bom Jardim durante o mandato do prefeito anterior e com o novo governo o pelotão foi reestruturado.
Baré afirmou que atualmente o sargento atuava em Palminópolis, mas que mantinha propriedade e familiares em Bom Jardim. O município está localizado a 32 quilômetros de Barra do Garças, cidade de Mato Grosso na divisa com o Estado de Goiás.
De acordo com o prefeito houve motivação política para o atentado, visto que o sargento mantinha laços expressivos de amizade com a oposição e candidato à prefeitura na eleições deste ano. Segundo consta nas investigações o ex-prefeito e candidato, Nailton de Oliveira, pro-meteu a chefia do pelotão da PM ao sargento no município caso seja eleito.
O sargento Lobo está preso no 1º Batalhão da Polícia Militar de Goiânia. Conforme as investigações confirmadas pelo prefeito, o sargento possui clara preferência política e para auxiliar no atentado há especulações de que os caseiros, recém contratados, da propriedade rural do prefeito Baré estejam envolvidos sendo investigados de passarem informações sobre a rotina do prefeito.
Segundo o Delegado Claiton Giovani Colodete da 7ª Delegacia Regional de Polícia de Iporá, que está à frente das investigações, ainda não é possível fornecer maiores informações sobre o caso, pois aguardam acesso à quebra de sigilo que foi solicitada. O delegado informou que a prisão do sargento foi devido a testemunhas que reconheceram o carro e este fato consta como indícios que induzem a autoria do atentado.
ATENTADO
O atentado ocorreu no início de julho, na zona rural do município de Bom Jardim de Goiás contra o prefeito Baré que foi baleado no ombro esquerdo quando saía de sua propriedade rural acompanhado da esposa Eliene Magalhães e a mulher do caseiro. Após o atentado, o próprio prefeito dirigiu o veículo por 14 quilômetros até o hospital mais próximo de onde foi até Barra do Garças (MT) para receber tratamento médico, e posteriormente foi transferido para Goiânia.
Após a transferência para a Capital, o prefeito foi submetido a uma cirurgia para a retirada de fragmentos do local e para a fi-xação externa do braço esquerdo já que houve fratura gravíssima com perda óssea do úmero proximal esquerdo. A cirurgia foi realizada no Instituto Ortopédico de Goiânia (IOG) e segundo o médico que realizou o procedimento cirúrgico o prefeito ficaria com uma limitação funcional do ombro, mas que conseguirá realizar as atividades cotidianas normalmente.