Segurança
Preso homem acusado de manter namorada em cárcere privado

Sob ameaça de morte, Elismar, de 24 anos, teria obrigado companheira a fazer sexo durante 15 dias
Na Delegacia da Mulher, Patrícia mostra a mão machucada Um homem acusado de manter a namorada em cárcere privado por 15 dias foi preso pela Polícia Militar no Jardim Guanabara II, região norte de Goiânia, na tarde de ontem. Patrícia da Silva Carvalho, de 33 anos, contou que havia iniciado um namoro com Elismar Câmara Noronha, de 24 anos, e quis romper quando descobriu que ele era acusado de vários crimes, como roubos e furtos.
A reação de Elismar, contou Patrícia, foi trancá-la em sua própria casa e ameaçá-la de morte com uma faca, durante duas semanas. Ela teria sofrido uma “tortura psicológica” ininterrupta durante os dias em que permaneceu com Elismar. “Ele estava sempre dizendo que me via morta, sem cabeça, que eu ia ‘ver o bicho’. Ele me acordava de madrugada e me obrigava a fazer sexo dizendo que iria me matar”, contou.
Ela disse ter saído de casa com ele algumas vezes, sempre de mãos dadas, para ir ao supermercado. “Eu devia mostrar que estava tudo bem, e ele sempre grudado”. Patrícia e Elismar conheceram-se num bar no Jardim Guanabara e ali começaram o relacionamento. “No começo achei que ele era gente”, disse ela, explicando porque o levou para casa.
Na manhã de ontem, Patrícia disse ter acordado com uma conversa de Elismar ao telefone, combinando sua morte e como o corpo seria ocultado. “Ouvi ele falando com alguém que iria me matar. Senti que ia morrer e passei mal, insisti para ele me levar ao postinho (de saúde)”, disse ela, que é do Tocantins e trabalha como cabeleireira em Goiânia. A ida ao médico era uma estratégia para se desvencilhar do namorado.
No Cais do Jardim Guanabara, ela conseguiu convencer o médico de que era ameaçada de morte pelo homem que a aguardava do lado de fora. Implorou por ajuda. “Ele (médico) logo aplicou um soro. Internou de mentirinha e ganhou tempo para chamar a Polícia Militar. Quando chegamos ao Cais, o acusado estava ao lado dela, intimidando”, contou o sargento Cícero José Lima, do 9º Batalhão, que participou da prisão.
Elismar foi preso em flagrante e levado para a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), na Rua 24, Centro de Goiânia. Em depoimento, o rapaz negou todas as acusações. Os dois fizeram exames de corpo de delito e Elismar foi autuado em flagrante pelo crime de cárcere privado (artigo 148 do Código Penal).
“Ele deve permanecer na carceragem da Deam”, disse o delegado plantonista José Simião Barbosa, alegando terem substância o depoimento de Patrícia e o relato dos policiais militares que o conduziram à delegacia. O delegado informou que Elismar tem passagem por formação de quadrilha, além de roubo e furto.
No início da noite de ontem, Patrícia arrumou uma mala e foi para um abrigo feminino. “Ele (Elismar) não tem mais vida. Mesmo se ficar preso, não custa nada colocar um amigo dele atrás de mim. Nunca mais volto naquela casa. Ele tem as chaves”, disse ela, que pensa em sair de Goiânia por conta do episódio. Casos de violência contra a mulher podem ser denunciados no telefone 3201-2801.

-
Cidadeshá 3 dias atrás
Justiça atende pedido do MP e determina que Prefeitura de Iporá entregue documentos sobre empréstimos consignados de servidores
-
Cidadeshá 4 dias atrás
Ministério Público aciona Prefeitura de Iporá para apresentação de documentos sobre empréstimos consignados
-
Cidadeshá 4 dias atrás
Câmara de Iporá rescinde contrato com assessoria jurídica após questionamentos sobre conflito de interesses
-
Cidadeshá 3 dias atrás
Polícia investiga homem por maus-tratos contra cavalo em São Luís de Montes Belos