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Cidades

Prefeitura se silencia sobre possível nova morte por dengue hemorrágica em Iporá

Após a veiculação de uma nova morte por dengue hemorrágica em grupos de WhatsApp, a Prefeitura optou por não confirmar nem negar o caso.

Publicado

em

Maysa Cunha e Léo Contador, prefeita e vice-prefeito de Iporá.

A Prefeitura de Iporá evitou confirmar a informação sobre uma possível nova morte causada por dengue hemorrágica no município. A informação, que começou a circular em grupos de WhatsApp, relatava que, além da senhora de 70 anos que faleceu vítima da doença em 26 de fevereiro, outro homem, de idade não informada, também teria morrido em um hospital de Goiânia, após ser transferido de Iporá, na última semana.

Entenda: 
Idosa de 70 anos morre vítima de dengue hemorrágica na UPA de Iporá
Estado investiga duas mortes por dengue em Iporá
Iporá lidera o ranking de casos confirmados de dengue em Goiás

O Diário do Interior procurou a Prefeitura para confirmar a informação, mas até o momento o órgão optou por não comentar o caso. Essa postura de silêncio já havia sido adotada anteriormente, quando o Diário do Interior noticiou o falecimento da senhora, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Iporá, vítima de dengue hemorrágica.

Enquanto isso, Iporá que chegou a liderar o ranking da doença em Goiás no mês de janeiro, enfrenta uma situação preocupante, sendo o município com o maior número de casos registrados no oeste goiano neste início de 2025. Nos primeiros 60 dias do ano, a cidade contabilizou 1.265 infecções, superando cidades vizinhas como São Luís de Montes Belos (214 casos), Piranhas (92), Caiapônia (75) e Jussara (44). Além das mortes confirmadas, outros dois óbitos suspeitos por dengue estão sendo investigados pela Secretaria Estadual de Saúde.

Prefeitura segue sem divulgar boletins epidemiológicos
Apesar do aumento alarmante de casos em 2025, a Prefeitura de Iporá tem optado por não dar publicidade ao número de casos e mortes relacionadas à doença. Os dados mais recentes têm sido acessados exclusivamente por meio dos boletins estaduais, já que o município não tem publicado atualizações regulares em suas páginas oficiais.

A falta de boletins municipais compromete o acesso da população a informações detalhadas sobre a situação epidemiológica, como o número de casos confirmados, internações e as ações adotadas para conter a proliferação do mosquito transmissor. Até o momento, a Prefeitura também não se manifestou sobre os dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde nem sobre a ausência de boletins regulares.

Câmara e vereadores da base evitam comentar sobre o aumento de casos da dengue
Seguindo a postura da Prefeitura, a Câmara Municipal  e vereadores da base da prefeita Maysa Cunha também evitam comentar sobre o avanço da dengue no município. Até o momento, não houve nenhuma manifestação pública dos parlamentares sobre a necessidade de maior transparência nos boletins, casos e mortes.

Prefeitura declara ter “visitado mais de 102% dos imóveis” de Iporá em janeiro
Em meio ao agravamento da crise sanitária, a Prefeitura de Iporá informou à Secretaria Estadual de Saúde que realizou visitas a 16.527 imóveis em janeiro, encontrando 225 focos do mosquito da dengue. No entanto, esse número supera o total de residências existentes na cidade, segundo o IBGE, que registra 16.075 imóveis no município. No mesmo período, Iporá liderou o ranking estadual de casos de dengue.

Sistema para monitoramento da dengue em todos os municípios do Estado mostra Iporá com mais de 100% dos imóveis da cidade visitados

Dengue, H1N1 e Covid-19 geram preocupação com aumento de infecções
Além da crise causada pela dengue, a Secretaria Estadual de Saúde alerta para o aumento de casos de H1N1 e Covid-19 em diversas regiões do estado, intensificando as preocupações com o sistema de saúde. A sobrecarga nas unidades de atendimento pode dificultar ainda mais o diagnóstico e o tratamento de pacientes infectados, principalmente aqueles em grupos de risco. O cenário reforça a importância de medidas preventivas, como a vacinação e campanhas educativas para evitar a disseminação dessas doenças.

A combinação de surtos simultâneos de dengue, H1N1 e Covid-19 pode aumentar as taxas de internações e óbitos, especialmente em cidades com problemas de transparência e gestão na saúde pública. Profissionais da área recomendam que as autoridades ampliem a testagem e a oferta de vacinas, além de intensificarem ações de combate ao mosquito Aedes aegypti para reduzir os impactos dessas doenças na população.

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