Cultura
Prefeitura poderá gastar cerca de R$ 1 milhão com Pecuária de São Luís de Montes Belos
Cerca de R$ 650 mil vão ser gastos somente com os shows artísticos a serem realizados na 37ª Expoagro, de São Luís de Montes Belos e a conta será paga exclusivamente com dinheiro público, de origem dos impostos pagos pelo contribuinte. Esse é o principal motivo que levou os vereadores Edivaldo do Jornal e Elieder Barbosa a questionarem a legalidade da cobrança de ingressos para dois dos referidos shows.
“Além de serem pagos com dinheiro do contribuinte, que estaria pagando a conta duas vezes, se isto acontecer, ainda tem outro agravante: em campanha a prefeita, avalizada por nós candidatos a vereador, afirmou que as festas de pecuária durante a sua gestão seriam sempre de portões abertos para o público. Isso foi prometido quando criticávamos a administração anterior que também fez esta cobrança. Agora nós vamos fazer o mesmo?”, questiona Edivaldo do Jornal.
“É dinheiro público, dos impostos que o cidadão paga, que irá bancar a festa. Não justifica fazer o cidadão pagar duas vezes a mesma conta. Sem contar a questão da legalidade da cobrança de ingressos. Não aceito mesmo essa cobrança”, ressalta o vereador, Elieder Barbosa.
De acordo com um dos assessores da prefeita, Mércia Tatico, os custos da festa, incluindo outras despesas como estrutura de palcos e som, deverá ficar em torno de R$ 1 milhão. “O engraçado é que em campanha nós criticávamos o prefeito anterior por ter gasto cerca de R$ 2 milhões com pecuária em quatro anos, agora a prefeita gastar R$ 1 milhão com pecuária só no primeiro ano de mandato? É uma piada de muito mau gosto”, protesta Edivaldo.
Edivaldo e Elieder, com o apoio de outros vereadores, afirmam que na segunda-feira, dia 27, vão ingressar no poder judiciário com um procedimento para impedir essa cobrança. Mesmo sabendo desta possibilidade, os organizadores do evento colocaram à venda os ingressos para o show de terça-feira, 28, de Jorge & Mateus, com valores diferenciados de ingressos, outro agravante.
Por: Catarina J. P. Borrão