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Cidades

Prefeito de Bom Jardim de Goiás é investigado por abuso de poder econômico durante a campanha e pode perder o mandato

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral também inclui a vice-prefeita, Jaqueline Santos (Podemos).

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O prefeito de Bom Jardim de Goiás, Édio Navarini (Podemos), pode ter o mandato cassado por suposta prática de abuso de poder econômico durante a pré-campanha das eleições de 2024. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pelo ex-prefeito William Gregório (União) também inclui a vice-prefeita, Jaqueline Santos (Podemos).

Segundo a denúncia, os “indícios claros de utilização indevida de recursos financeiros para promoção pessoal e eleitoral, em benefício dos candidatos investigados” começou em 2022, quando o agropecuarista Édio Navarini manifestou publicamente o desejo de ser candidato, o que de fato se consolidou em junho de 2023 na 102ª Tradicional Festa em Louvor a São João Batista, a maior festividade junina da cidade, organizada pela paróquia local.

O então pré-candidato teria, na ocasião, segundo a AIJE, “patrocinado integralmente a alimentação e bebidas do evento, que foram generosamente distribuídas à população presente. Ademais, contratou renomados shows e promoveu a distribuição de brindes, configurando uma clara estratégia de autopromoção. Tal conduta, permeada pela ostensiva utilização de recursos privados do Investigado, teve a nítida intenção de influenciar a opinião pública e captar a simpatia dos eleitores, aproveitando-se da magnitude e do caráter comunitário do evento”, narra.

O suposto abuso de poder também teria ocorrido em 2024, durante a mesma festividade, com o envolvimento direto de Édio Navarini, que teria “mobilizado os recursos e a influência de uma instituição religiosa para promover sua imagem e captar apoio eleitoral”, desequilibrando o pleito eleitoral.

Outro ponto citado pelos advogados diz respeito à festa de aniversário de Édio em sua propriedade, a Fazenda Navarini. O evento que foi aberto ao público contou com a disponibilização de ônibus para transporte de passageiros até a propriedade rural, tendo inclusive a apresentação nacional de dupla sertaneja, se assemelhando a showmícios, prática vedada pela legislação eleitoral, além da distribuição de bebidas e comidas para os presentes. “Em uma cidade que raramente testemunha eventos de tal porte, a influência de um espetáculo desta natureza é significativamente ampliada, tornando-se um fator de desequilíbrio no cenário eleitoral local”.

O abuso de poder econômico eleitoral é vedado e o TSE, em reiteradas decisões, sacramentou o entendimento de que o abuso do poder econômico em matéria eleitoral se refere à utilização excessiva, antes ou durante a campanha eleitoral, de recursos materiais ou humanos que representem valor econômico, buscando beneficiar candidato, partido ou coligação, afetando assim a normalidade e a legitimidade das eleições. A prática pode levar à cassação do registro de candidatura, do diploma ou do mandato e inelegibilidade.

As informações são do O Mais Positivo

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