Política
População reclama do período eleitoral
Face a proximidade da decisão do voto, os candidatos fazem de tudo para conquistá-lo. Campanhas diversificadas, como propaganda eleitoral nas TVs, rádios, carros de sons, passeatas, comícios, distribuição de santinhos e adesivos, entre inúmeros outros, são os meios de ganhar a simpatia do eleitor. Entretanto, o que muitos não sabem, é que a maioria das pessoas sentem-se incomodadas com o exagero das tais atitudes e forma de campanha eleitoral.
O Jornal O Goiás foi às ruas para saber do povo Iporaense, o que mais o desagrada nesse período eleitoral. Entre as inúmeras reclamações, as falsas promessas, as músicas de campanha, e os famosos santinhos, foram os mais apontados, como meios que tiram a paz dos eleitores.
Para o engenheiro Fernando Lúcio, de 35 anos, as propagandas não apresentam proposta nenhuma e servem apenas para provocar uma poluição sonora ainda maior nas ruas da cidade. ”Não entendo nada do que é dito, e muito menos o fundamento das propagandas, acho tudo isso, no mínimo, uma falta de respeito”, reclama.
Quem também não suporta a falsidade dos candidatos e o exagero das campanhas, é o comerciante Calebe Pereira de 24 anos que, indignado, disse, ”A maioria dos políticos utiliza-se da ignorância e do pouco estudo das pessoas para tentar ludibriar e comprar o voto. Por isso, que é importante ficar em alerta”.
Os santinhos também foram um dos males destacados nas entrevistas. De acordo com a Lei n. 9504/97, é proibido jogar santinhos nas ruas. No entanto, é impossível não notar a quantidade destes em diversos locais públicos, ficando a maior sujeira, por conta do dia da votação. ”A maioria dos santinhos são de pessoas que nem ao menos ouvimos ter falado de seu nome em datas anteriores, vindo agora somente para incomodar. O barulho das propagandas sonóras então, nem se fale, é simplesmente desagradável e atrapalha freqüentemente na hora de fechar vendas”, revela o farmacêutico e comerciante Vilmar Júnior.
Existem também aqueles que reclamam do horário dos comícios, assim como o funcionário da previdência social Rubens Barbosa,”É um absurdo um político querer divulgar suas propostas ás 14h00 da tarde, com o sol rachando, e ainda atrapalhando o comércio e o fluxo de pessoas, tanto pedestres quanto motoristas. Onde vai parar o respeito em momentos como esse?”.
Veja o que pode e o que não pode ser feito durante a campanha eleitoral.
Propaganda:
Pode: A propaganda paga só é permitida em mídia impresa. Na Internet, a propaganda só pode ser feita no site do próprio candidato.
Não pode: Os candidatos são proibidos de pagar pela veiculação de propaganda na TV, Rádio e Internet. Aparecer em rede nacional, agora, só a partir de 17 de Agosto, quando deu início ao horário eleitoral gratuito.
Material gráfico:
Pode: Faixas, placas e cartazes devem ter no máximo quatro metros quadrados. A partir do dia 12 de Julho foi liberada a distribuição de adesivos e santinhos.
Não pode: O uso de outdoors, sob pena de multa entre R$ 5 mil e R$ 15 mil. Distribuição de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, ou qualquer material que configure vantagem ao eleitor, também é vetada.
Som:
Pode: O candidato pode usar alto-falantes nas sedes dos seus partidos políticos, ou em veículos próprios das 8h às 22h. Comícios com aparelhagem de som podem ocorrer das 8h às 22h.
Não pode: os amplificados não podem ficar a menos de 200 metros de locais como as sedes dos três poderes, nem hospitais. Perto de escolas, bibliotecas e igrejas, só quando estes locais estiveram fora do horário de funcionamento.
Comícios:
Pode: fazer comício, passeata, carreata, e usar carro de som tocando jingles ou mensagens dos candidatos.
Não pode: Os showmícios estão vetados.
Internet:
Pode: Na internet, a campanha está liberada. Os debates podem ocorrer em blogs, redes sociais e sites. Ao longo da campanha, também estará liberado a propaganda por e-mail e mensagens de celular de internautas cadastrados pelo candidato. Quem se cadastrar e se arrepender, deve ter o direito de descadastramento atendido em até 48 horas.
Não pode: Os sites não podem ser de anônimos. Tudo deve ser registrado na Justiça Eleitoral. Excessos como ofensa, calúnia e difamação na rede, podem ser punidom com multa e direito de resposta.
Mas, e você caro leitor, o que acha de toda essa situação que nos empurram goela abaixo? Deixe sua opinião, o palanque está aberto!
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