Segurança
Policiais civis de Goiás entraram em greve

A greve dos agentes da Polícia Civil, peritos criminais e médicos legistas estão causando transtornos no estado. Desde a última segunda-feira (9), as categorias retomaram a paralisação devido a falta de acordo com o governo. Pela segunda vez neste ano, eles reivindicam melhorias salariais e promoções imediatas para servidores ativos e inativos. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol), a atual proposta é equiparar o piso salarial com o dos agentes do Distrito Federal, que recebem em média R$ 7.200. No estado o valor é de R$ 2.900.
“Tem um ano e set meses que nós estamos negociando e não houve nenhuma proposta até agora. Os delegados daqui conseguiram equiparar o salário com os delegados de Brasília e, por isso, queremos que seja realizado o mesmo tratamento conosco. Mais de 4 mil agentes e escrivães estão parados”, afirma o presidente do Sinpol Raymel Mascarenhas.
Já o presidente do Sindicato dos Peritos Criminais e Médicos Legistas de Goiás (Sindperícias) Antônio Carlos Macedo, relata a baixa remuneração oferecida à categoria. “Atualmente nós estamos em 23º no ranking nacional da categoria. Nosso salário é maior apenas do que quatro estados”, explica.
Caos
Devido à suspensão dos serviços, o pai de um eletricista de 19 anos, morto durante um acidente de trânsito na quarta-feira (11), ficou revoltado após o corpo dele sido recolhido somente após seis horas da tragédia pelo Instituto Médico Legal (IML). Em entrevista a TV Anhanguera ele lamentou o descaso. “Não posso fazer nada”, declarou Claudeci de Jesus Paiva.
Em Luziânia, no Entorno do DF, a auxiliar administrativa Claudiana Gonçalves aguarda a liberação do corpo do irmão dela, que foi assassinado por um adolescente, na terça-feira (10). Ela relata que buscou providências no Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), mas o órgão também não está atendendo. “O IML disse que vai liberar ele somente quando fizermos o procedimento de reconhecimento do corpo”, revela.
Somente em Anápolis, mais de 300 agentes e escrivães estão parados. Com isso, cerca de 30 cidades, distritos e povoados que ficam próximos ao município estão sendo prejudicados. Já em Porangatu, na região norte do estado, a adesão afetou o trabalho em outras 13 cidades que fazem parte da 12ª Delegacia Regional, onde aproximadamente 30 ocorrências e 10 Termos Circunstanciados deixaram de ser registrados na quarta-feira (11).
A dona de casa Maria Aparecida de Souza e o marido dela tiveram conflito familiar e, consequentemente buscaram atendimento na delegacia. Porém, eles não foram atendidos por causa da paralisação. “Eles tem direito de lutar por melhorias, mas no final quem paga o pato é a população”, lamenta a dona de casa.
No município de Itumbiara, 1.200 inquéritos estão parados e as investigações de homicídios e tráfico de drogas também foram suspensas. Entretanto, o perito criminal José Aparecido Gerardi afirma que alguns procedimentos continuarão sendo realizados. “Iremos fazer exames em locais de morte violenta, apreensão de drogas em flagrante, entre outros. Porém, os laudos ficaram retidos e serão entregues somente após a greve”, conclui o servidor público.
Proposta
O governo afirmou que por causa de dificuldades financeiras, do reajuste da data base dos servidores e da lei de responsabilidade fiscal não terá como atender as reivindicações das categorias. Entretanto, o estado informou que irá propor um bônus de 20% por produtividade de cada trabalhador.

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