Polícia Militar de São Luís registra primeiro crime eleitoral do munícipio

No meio da tarde da ultima quinta-feira, ao atender um chamado de uma vítima de furto, o Grupo de Patrulhamento Tático (GPT), de São Luís de Montes Belos, acabou matando dois coelhos com uma só cajadada. Prendeu ao autor do furto e ao mesmo tempo registrou um crime eleitoral de captação ilícita de sufrágio, mais conhecido por compra de votos.
Tudo começou quando um cidadão, identificado por Bruno, acionou a Polícia Militar para registrar o furto de uma lata de tinta. Após passar aos policiais a informação de que o suspeito pegou a lata de tinta e a colocou em um saco de gesso em pó e as características do indivíduo, Izaias Gonçalves de Jesus, 34, o GPT saiu em diligência à sua procura. Momentos depois ele foi localizado no Setor Rodoviário, transportando um botijão de gás em uma bicicleta.

Diante da atitude suspeita, durante a abordagem Izaias argumentou que o botijão de gás havia sido emprestado pela avó. No momento em que os policiais iriam solicitar a presença da avó para confirmar a história, Izaias não resistiu e abriu o jogo. Ele confessou que o referido botijão teria sido fornecido pelo candidato a vereador, Cleomar da Auto Escola, em troca do seu voto.

Com relação à lata de tinta, Izaias confessou que havia vendido a mesma para Divino Moura da Silva, 45, dono de uma construção. Em seguida os policiais localizaram a lata de tinta na construção do segundo suspeito. Momentos depois, Izaias e Divino foram encaminhados à delegacia de polícia onde os procedimentos cabíveis foram adotados.

Izaias deverá responder por dois crimes, de furto e crime eleitoral. E Divino pelo crime de receptação. Quanto ao candidato, Cleomar da Auto Escola, que faz parte da coligação do prefeito e candidato à reeleição, Sandoval da Matta, até o fechamento desta matéria não havia nenhuma informação sobre a sua situação. Sabe-se que o promotor eleitoral, Dr. Deusivone Campelo havia orientado aos policiais que anexassem os santinhos do candidato, encontrados na cena do crime, junto à ocorrência.

Cleomar e Sandoval da Matta não foram encontrados por reportagem para comentarem o assunto, mas o espaço fica aberto para ambos, caso queiram dar explicações sobre o caso.