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Segurança

Polícia Civil prende acusado da morte de garota de 12 anos

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José Leandro da Costa, 27, foi apresentado, na manhã de ontem, pela Polícia Civil, como autor do estupro e assassinato da menina Ludmila Oliveira Gomes de 12 anos, no início do ano, no Balneário Meia-Ponte, em Goiânia. Após seis meses de investigação, um exame de DNA comprovou que ele abusou sexualmente de Ludmila e a estrangulou. José, que estava foragido, no Maranhão, desde o dia do crime, confessou ter matado a menina, mas nega ter abusado dela.

A vítima morava no mesmo lote que o suspeito. Segundo a polícia, são quatro barracões que ficam no mesmo lote. Em um deles morava Ludmila com a mãe e em um outro, José com a esposa e um filho de um ano de idade. Na manhã do dia 6 de janeiro deste ano, Ludmila foi com a mãe até o ponto de ônibus e voltou para casa sozinha. José se aproveitou que a porta estava aberta e entrou para cometer o crime. Quando voltou para casa a mãe encontrou a criança, já morta, somente de calcinha na sala.

A polícia ouviu várias pessoas, e tinha outros suspeitos durante a investigação, mas José era o principal deles, e foi monitorado pela polícia quando fugiu. Na sexta-feira José foi preso no Setor Progresso, na Capital. Segundo informações da polícia, um exame de DNA realizado em um material genético coletado na mama na vítima comprovou que ele praticou atos libidinosos com ela.

O delegado Kleber Leandro Tolêdo Rodrigues, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), afirma que a coleta desse material foi o que pôde comprovar que ele era o autor do crime. “Tentamos sempre trabalhar com a ciência. Embora muitas testemunhas tenham sido ouvidas, nós precisávamos de uma prova cabal que o individualizasse como autor do crime” afirmou.

Motivação
O suspeito disse à polícia que a menina trabalhava como babá de seu filho. Segundo ele, um vizinho teria dito que Ludmila agredia a criança durante o trabalho. Com isso, teria sido motivado a praticar o homicídio. Na versão de José, ele teria ido tirar satisfações com a vítima após a denúncia do vizinho e quando a discussão saiu do controle, ele a matou.

José Leandro assumiu que é usuário de drogas, e que no dia do crime tinha usado crack. A polícia acredita que ele tenha entrado na casa de Ludmila com a intenção de praticar crimes sexuais, mas ela teria reagido. De acordo com o delegado, José tentou consumar a conjunção carnal com a menina. Como ele era conhecido da família, teria matado a menina para que ela não falasse nada. Segundo Kleber Rodrigues, mesmo não tendo passagem pela polícia, ele não deve responder em liberdade. “Esperamos que pela gravidade do crime e pela pena que é prevista, de 24 a 55 anos de prisão, ele responda preso e ao final, seja condenado. Até para proteger o próprio filho dele e a sociedade” afirmou.

O Delegado Geral da Polícia Civil, Edemundo Dias, afirmou que esse caso chamou a atenção, inclusive do governador Marconi Perillo e do secretário de Segurança Pública, João Furtado, por ter sido no início da gestão e pela gravidade do crime. Segundo ele, o governador e o secretário pediram agilidade e eficiência à polícia na investigação. “É um caso complexo e grave que trouxe repulso por parte de todos”, disse.

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