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Segurança

Pais acusam policiais de forjar tiroteio e incriminar menor em Rio Verde

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Os pais de um adolescente acusam policiais militares de terem “plantado” uma arma com o jovem para forjar um tiroteio em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, o rapaz foi baleado durante uma troca de tiros entre ele e um amigo e os policiais. Já a família alega que os tiros foram disparados apenas pelos agentes.

A PM afirma que os policiais realizavam patrulhamento por um bairro da região sul da cidade quando se depararam com os dois rapazes em uma moto. Os policiais fizeram uma tentativa de abordagem, mas a dupla fugiu e teve início uma perseguição.

Segundo o boletim de ocorrência da PM, um dos rapazes atirou em direção aos agentes, que revidaram. Um tiro disparado pela polícia atingiu o quadril de um dos adolescentes. Ferido, ele foi levado ao hospital pelos próprios policiais.

O menor contesta a versão da PM. “Fui ficar sabendo que estava armado no outro dia, pelo rádio. O policial cercou, ficou perto de mim com a arma. O outro desceu da viatura, rodeou e atirou”, afirma o rapaz baleado.

Um homem, que não quis se identificar, afirma ter presenciado toda a ação e confirma a versão dos adolescentes. Ele relata que ouviu o barulho de apenas um tiro. “Eu estava atravessando a rodovia, vi a viatura descendo atrás do pessoal de moto. Aí eu vi e escutei o barulho de um tiro”, conta. O menor afirma ainda que fugiu por medo de ter a moto apreendida. “Porque eu sou de menor (sic) e não tenho carteira de habilitação. Aí eu peguei e corri”, afirma.

A família do jovem baleado denunciou o caso à Polícia Civil, que pediu uma perícia na arma. O laudo ficou pronto, mas ainda não foi possível determinar se o adolescente efetuou o disparo. “Não conseguimos nenhum vestígio de impressão digital”, afirma a perita criminal Gabriela Almeida.

O inquérito só deve ser concluído após novas análises da perícia. Segundo o delegado que investiga o caso, Danilo Carvalho, caso seja comprovado que de fato não houve o disparo por parte dos menores,os agentes podem ser punidos. “Esses policiais podem vir a responder por tentativa de homicídio, fraude processual e até mesmo porte ilegal de arma de fogo”, diz.

A Polícia Militar também investiga o caso. “Temos um policial por conta disso para recolher provas tanto testemunhais quanto também material de perícia, para ao final darmos uma resposta, seja ela do policial que errou ou acertou”, afirma o major da PM, Valdivino Cândido.

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