Política
O desemprego em Iporá
O desemprego no país sempre foi algo polêmico por seus índices alarmantes, no entanto as últimas pesquisas obtiveram uma redução no índice de desempregados no país, fato sentido inclusive aqui em Goiás, mas e Iporá os dados são os mesmos?O Jornal O Goiás trás agora a realidade da situação dos assalariados Iporaense em primeira mão.
Os dados
Os últimos dados de abril deste ano para o Brasil registraram uma taxa com redução de 7,3% e inferior ainda que os 7,6% apurados em março, a queda para o mesmo período no ano de 2009, quando o desemprego ficou em 8,9%,é ainda de 1,6%. Essa é a menor taxa para o mês de abril desde o início da série histórica, em 2002, tais dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) valem para Goiás, e pesquisas recentes feitas inclusive por outros centros como o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e a SEADE (Fundação Sistema Estadual de Analise de Dados) também obtiveram os mesmos resultados.
Mas para Iporá os dados satisfatórios da redução da taxa de desemprego nacional não coincidem na pratica com a realidade e por diversos motivos que aqui serão abordados. Quanto a informações quantitativas e qualitativas locais recentes o coordenador do E Ovidio Joaquim, afirmou-nos que possuem apenas números defasados do ano de 2000.
Antes de tudo é importante entender e saber qual é a opinião de algumas pessoas que passam por esse momento difícil de procura por emprego e também de depoimentos dos empregadores, em especial os lojistas, que oferecem mais oportunidades em nossa cidade:
Segundo o presidente da CDL, Radivá e outros comerciantes locais a fala de todos pode ser resumida em uma só: ”Procura constante por vagas” e arriscam-se ate ha dizer que em média 1 pessoa por dia deixa seus currículos nas lojas na esperança de serem contratados.
Para Lorena Almeida de 26 anos, desempregada há um ano e meio e parte desse montante, existe muita concorrência e poucas vagas o que faz com que muitas vezes os bicos sejam uma alternativa para suprir as necessidades diárias.
A jovem de apenas 17 anos, Larizze Pothiele, procura emprego há apenas um mês, mas levanta uma questão que a cada ano aumenta em Iporá, a saída de pessoas para outras localidades por falta de emprego.
Todos os anos a evasão de jovens é maior, a busca por melhores condições profissionais e por uma base de estudos mais aprimorada, são os principais motivos da migração, poucos retornam para trazer a qualificação obtida fora e a razão principal para isso é a baixa renumeração que gera ainda o envelhecimento populacional e uma fundamentação econômica embasada apenas pelos funcionários públicos e pela rede agropecuária que aqui permanece.
No caso de Simone Guimarães, de 23 anos e há um ano e meio desempregada, a afirmação de que mesmo com experiência e com formação superior as dificuldades são as mesmas para os que não têm escolaridade aponta para mais um fato relevante. ”A maioria das ofertas são preenchidas por indicação, aqui em Iporá para se arrumar um emprego tem que conhecer alguém influente ou que já tenha trabalhado no local da oferta”, completa.
A qualificação profissional é outro fator que mostra que os índices de desemprego Iporaense estão fora do patamar nacional, apesar da maioria das vagas não exigirem experiência e nem muita escolaridade o aperfeiçoamento sempre oferece empregos melhores, mas não justifica a desprezo de outros inferiores visto no SINE de Iporá, a qual será abordado mais adiante.
Outro desabafo foi de Greiciele Freitas de 20 anos, que ha mais de 6 meses batalha por uma carteira assinada e diz que ”É muito difícil de arrumar emprego aqui,deveria ter mais industrias e mais oportunidades “.
A questão levantada pela jovem é uma das mais polêmicas em Iporá, a política de desenvolvimento de empregos, ate o momento não apresentou esforços para a promoção de empregos na cidade, não existem investimentos e incentivos para indústrias se instalarem em nossa região e isso devido entre diversos fatores gestuais, infraestruturais e vale ressaltar inclusive a monopolização implícita instalada pelas próprias empresas que aqui estão.
Quem também participou de nossa pesquisa foi Antonia Vilma de 37 anos que há cerca de 12 anos não consegue arrumar um emprego, fato que se agrava pela idade segundo ela.”Hoje em dia o mercado prefere pessoas mais novas e nos saímos prejudicados na disputa pelas vagas”,finaliza.
A renda para a maioria das pessoas que não conseguem o sonhado emprego advém muitas vezes do apoio familiar, de serviços autônomos como os famosos “bicos” e assistências do governo que suprem o básico para a sobrevivência.
Caso SINE
Existem no SINE de Iporá atualmente 222 vagas que confrontam opostamente com os relatos acima, dessas 203 não exigem experiência, o que facilita ainda mais contratação das pessoas. Roberto Filho coordenador do SINE aqui de Iporá, acredita que a maioria das pessoas não aceita as vagas por motivos que vão desde o não encaixe no perfil a não interesse pelo emprego em questão. O menosprezo pelas vagas do SINE é grande e a divulgação das vagas tem sido feita, mas parece que não esta surtindo os efeitos desejáveis. Mas e você o que acha da oferta de emprego em Iporá?Deixe sua opinião é hora de cobrar da administração municipal maiores investimentos para a geração de empregos!!!
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