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Saúde

Novo modelo de atendimento hospitalar começa a ser implantado

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Começou nesta segunda-feira (20), o novo atendimento hospitalar por classificação de risco em Posto de Saúde da Família e no Hospital Municipal de Iporá. A iniciativa veio com a intenção de humanizar o sistema do SUS e já é um preparo para o modelo de acolhimento que será utilizado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) construída ao lado do Hemocentro. O superintendente do Hospital Municipal Dr. Saulo Menezes, explica que o atendimento é feito mediante um sistema de cores. O paciente preenche a ficha e aguarda no máximo 15 minutos para ser chamado e avaliado por um enfermeiro padrão que, conforme o protocolo e parâmetros técnicos é classificado da seguinte forma:

Ficha Vermelha: atendimento imediato dos pacientes graves visando afastar o risco imediato de morte, realização de exames diagnósticos e posterior encaminhamento para tratamento clínico, cirúrgico, observação ou alta. Pacientes com quadro de enfarte, dores no peito, politraumatizados etc.

Ficha Amarela: atendimento semi-imediato e que deve ser realizado no máximo em trinta minutos de espera. É classificado como paciente crítico que necessita de cuidados intensivos e permanecerá na UER até o seu encaminhamento para um especialista.

Ficha Verde: atendimento de espera oportuna indicado para pacientes não críticos, para observação ou internação clínica ou cirúrgica.

Ficha Azul: pacientes com quadro simples e prioridade secundária, com tempo de espera indefinido, dependendo do fluxo de pacientes nas outras cores.
A problemática do sistema é que mediante a chegada de pessoas com quadros clínicos mais graves ou até mesmo de piora nos casos mais simples, aquelas pessoas que estão cotadas como ficha verde ou azul irá ter que aguardar o tempo necessário ate que um profissional possa atendê-las.
O Dr. Saulo esclarece que os pacientes classificados como azul, por exemplo, não deveriam estar no Hospital Municipal e sim nos postos de saúde, uma vez que será mais cômodo para a própria pessoa e ainda facilitará o serviço na unidade hospitalar, contudo em nenhuma hipótese será negado atendimento, “até um período de adaptação estamos prevendo tais reclamações, mas tudo será feito a fim de esclarecer o sistema e orientar os nossos pacientes”, ressalta o médico.
Panfletos estão sendo distribuídos nas unidades de saúde a fim de informar previamente a população. Até agora não se notou reclamações.
Entenda como funciona o acolhimento com classificação de risco (ACCR) nos Sistemas de Urgência e Emergência
O Acolhimento com Classificação de Risco é um dispositivo que opera concretamente os princípios da Política de Humanização, que tem como meta implantar um modelo de atenção com responsabilização e vínculo, ampliando o acesso do usuário ao SUS, implantando um acolhimento responsável e resolutivo, baseado em critérios de risco.
É um processo dinâmico que consiste em identificar o risco / vulnerabilidade do usuário, na perspectiva  do processo de enfermagem, considerando as   dimensões subjetivas, biológicas e sociais do adoecer, e desta forma orientar, priorizar e decidir  sobre os encaminhamentos necessários para a resolução do problema do usuário.
OBJETIVOS:
Avaliar o paciente logo na sua chegada ao Pronto Socorro;
Reduzir o tempo de atendimento médico e de enfermagem fazendo com que o paciente seja visto precocemente de acordo com a sua gravidade;
Determinar área de atendimento inicial. Ex. Clínico, Ortopedia, Emergência, Sutura;
Refletir sobre a organização do processo de trabalho e o trabalho em equipe;
Compreender os princípios e diretrizes do SUS e as diretrizes e dispositivos ofertados pela PNH;
Apreender o conceito de acolhimento nas dimensões relacional, técnica, clínica e de cidadania;
Promover a apropriação das tecnologias de classificação de risco;
Elaborar propostas para a implementação do acolhimento com classificação de risco nos serviços e a construção de redes que garantam a continuidade do cuidado em saúde;
Envolver as equipes e gerentes dos serviços no processo de reflexão crítica sobre as práticas;
Facilitar a implementação do acolhimento com classificação de risco nos serviços de saúde (www.saude.sp.gov.br).

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