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Mulher e afilhado são mortos e têm sangue bebido por um dos assassinos, em Paraúna

Um dos bandidos, presos em flagrante, confessou o crime e deu detalhes macabros de uma madrugada de horror; criança de dois anos foi poupada

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Era mais de meia-noite dessa terça-feira, 20, em Paraúna, a 150 quilômetros de Goiás. Um crime sem precedente deixou a cidade de 10,8 mil habitantes horrorizada. Um homem e uma mulher foram assassinados a facadas por uma dupla de bandidos. Não bastasse a crueldade com as vítimas, que eram fotografadas morrendo, um dos assassinos ainda bebeu sangue dos dois corpos. Uma criança de dois anos foi poupada no massacre.

Danrley Rodrigues Souza, de 19 anos, morava em um quarto anexo à casa do primo, ex-vereador e dono de um bar na rodoviária da cidade. O jovem foi rendido e esfaqueado antes de ser levado pelos criminosos para dentro do lote onde morava Tatiely Correa de Jesus, 26, esposa do primo de Danrley. O casal foi padrinho de crisma do jovem. Após os criminosos invadirem a casa de Tatiely, vasculharam tudo atrás de dinheiro, arma e o que pudesse ser levado. Tatiely foi colocada em outro quarto, com a filha, de dois anos de idade, que dormia.

Francisco Pereira, 36, e Júnio de Souza: assassinato frio e cruel, segundo delegado que investiga o caso “nunca vi algo tão bárbaro”

O corpo de Danrley foi colocado em cima da cama do casal, onde os bandidos continuaram a o esfaquear até a morte. O delegado que apura o caso, Divino Ferro, informou que o crime tem requintes de selvageria, e revelou espanto com os depoimentos. Os bandidos encontraram apenas R$ 50 e duas câmeras fotográficas, e levaram, o que qualifica latrocínio.

CANIBAL
Os assassinos, Júnio de Souza Batista, 19, e Francisco Pereira da Silva, 36, assumiram o crime à polícia. Francisco, pesar de ter respondido por um assassinato em Correntina-BA, um estupro e um roubo em Paraúna-GO, estava em liberdade. Júnio nunca teve passagem pela polícia, segundo o delegado. “O Francisco assumiu o crime e disse que não falaria mais nada sobre o assunto. Já o Júnio deu detalhes escabrosos, inclusive de canibalismo”, revelou o delegado Divino Ferro.

Tivemos acesso com exclusividade ao depoimento de Júnio de Souza, que assumiu ser amigo de Francisco e ter recebido o convite do comparsa para praticar o fato. Francisco teria dito que era um ato de vingança, uma emboscada contra o comerciante e ex-vereador, por ter denunciado à polícia depois de um roubo praticado no bar, na rodoviária da cidade.

O depoimento de Júnio conta que depois de matar Danrley e colocar mãe e filha em outro quarto, Tatiely pediu para ir ao banheiro, o que os criminosos concediam enquanto buscavam o que roubar. Logo em seguida, Júnnio contou que Tatiely foi esfaqueada ao sair do banheiro, e que tentou lutar, mas depois de cair no chão, enquanto agonizava, foi estuprada pelo comparsa dele, que ainda lhe bebeu o sangue.

Júnio revelou que Francisco justificou colocar açúcar sobre os ferimentos de Danrley, morto em cima da cama, para impedir o sangramento, e, enquanto passava açúcar, lambia a mão suja com o sangue da vítima.

“O suspeito contou, no depoimento de três páginas, ter esfaqueado Francisco quando ele partiu para matar a menina de dois anos, que dormia em outro quarto, distante dos corpos. Os dois teriam esperado um pouco para que o comerciante e esposo de Tatiely chegasse, mas como notaram uma demora, fugiram,” disse o delegado do caso.

PRISÃO
A Polícia Militar da cidade fechou um cerco por outras cidades vizinhas assim que foi informada pelo comerciante do crime, às 3 horas. O dono do bar teria chegado em casa e visto toda a cena macabra, e percebido que a filha de dois anos estava dormindo, em cima de uma cama ao lado do quarto do casal.

Segundo o Tenente Márcio Aparecido, logo que o dia amanheceu a PM conseguiu chegar a Júnio de Souza ainda na cidade. O homem foi denunciado por populares, que ouviram ele assumir ter matado duas pessoas na noite anterior. O segundo suspeito, Francisco Pereira, foi encontrado em uma mata próximo à cidade de Acreúna, para onde se escondeu.

“Se não fosse esse cerco policial e esse esforço das equipes que vararam a madrugada no empenho, não seria possível prender os dois criminosos, que agora estão à disposição da Polícia Judiciária e da justiça”, conta o militar.

Por: Jairo Menezes

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