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Política

MP-GO vai investigar 50 prefeituras que podem ter sido alvos de fraude

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O Ministério Público de Goiás vai investigar cerca de 50 prefeituras do interior do estado. Elas podem ter sido alvo de fraudes do grupo preso pela Operação Curto Circuito, deflagrada nesta quinta-feira (25). Segundo as investigações, os suspeitos teriam arrecadado, entre contratos ilegais e sonegação de impostos, cerca de R$ 39 milhões.

Seis empresários foram presos em Goiânia, nesta manhã, suspeitos de fraudar licitações e contratações diretas com entidades públicas. Eles atuam na comercialização de materiais elétricos e prestação de serviços de iluminação e teriam faturado mais de R$ 19 milhões em contratos irregulares com prefeituras de Goiás.

A investigação do Ministério Público apontou que a fraude envolvia quatro empresas de fachada. Os sócios seriam laranjas de uma mesma pessoa. A fraude consistia nas quatro empresas disputarem entre si a concorrência pública para prestar o serviço às prefeituras. O resultado da licitação pouco importava, pois um único dono lucrava com os contratos.

“Durante todo esse período, essas empresas apresentavam certidões negativas falsas para as prefeituras. O que nós temos que apurar agora é se houve, por parte das comissões de licitação, a análise dessas certidões”, disse o procurador-geral de Justiça, Lauro Machado.

A operação Curto Circuito começou por dois escritórios no Setor Oeste, em Goiânia. Quando chegaram para trabalhar esta manhã, os funcionários foram barrados. “Agora é aguardar. Ver o que acontece”, disse Nelson Spíndola, funcionário de uma das empresas.

De acordo com as investigações, uma casa em frente a uma das empresas servia como depósito do grupo. No local a polícia encontrou  material de publicidade e a contabilidade das empresas. Documentos que segundo os promotores,  confirmam a tese de que elas pertenciam, na verdade, ao mesmo dono.

Os presos não tiveram a identidade divulgada. Eles foram levados para a Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia, e vão responder por formação de quadrilha, fraude em licitação, falsificação de documentos e suspeita de lavagem de dinheiro.

Além dos contratos irregulares com prefeituras, de R$ 19 milhões, a Secretaria da Fazenda estima que eles tenham lucrado com sonegação de impostos. “Para ter um ganho maior eles não pagavam o ICMS que é devido nas operações. Tanto é que eles já tinham em dívida ativa mais ou menos R$ 20 milhões”, disse o gerente de arrecadação da Sefaz, Carlos Antônio.

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