Moradores do Bairro Santa Catarina sofrem com descaso da prefeitura

Moradores do Bairro Santa Catarina da cidade de Iporá, denunciam o descaso dos órgãos responsáveis pela manutenção de uma rede de esgoto a céu aberto, que há mais de 13 anos vem causando transtornos, e impedindo o crescimento do bairro. Os moradores sentem-se abandonados pela prefeitura da cidade, e reclamam da falta de saneamento básico, asfalto e infraestrutura no local.

Para os moradores, a prefeitura faz pouco caso com os moradores daquele bairro. “Já cansamos de pedir para que o prefeito faça algo por nós. Onde já se viu deixar o bairro abandonado dessa forma? Até parece que não pertecemos ao município de Iporá”, critica a senhora Irinéia Pereira de Freitas de 76 anos e residente no local há mais de 12 anos.
Segundo a moradora Marlene Fernandes Lourenço, em sua campanha, o prefeito garantiu que iria trazer melhorias para o bairro. Só que até agora, o bairro continua da mesma forma. “Quando chove, aqui prá gente é lamentável. O barro e as águas paradas que ficam nas ruas, dificulta muito o trânsito no local”. “Em dias de muita chuva, não tem como a gente passar”, afirma Alessandra Rodrigues. Ela conta ainda que o maior perigo, é tentar passar com a avó, que é idosa. “Ela pode escorregar e cair, além do risco de contaminação, já que populares utilizam as valas abertas para depositar diversos tipos de lixo.
Esse jornal em parceria com alguns vereadores, publicou há alguns meses uma denúncia feita pelos moradores do bairro. Após a publicação da denúncia, a prefeitura realizou a instalação de algumas manilhas, porém não adiantou muito, já que a pouca quantidade de manilhas não foi suficiente para conter o problema que a cada dia agrava-se mais e mais. Com a chegada do período chuvoso, os moradores ficam ainda mais assustados, já que a enxurrada que corre nas valas, está causando erosões e abrindo buracos enormes nos terrenos próximos as residências.
“Sempre foi assim, deste jeito, o esgoto já é nosso vizinho. No verão o cheiro é insuportável. Já tivemos até que fazer um desvio para ele não entrar em nossa casa”, conta a dona de casa de 56 anos que preferiu não se identificar. Ela, que mora com a filha e os netos, afirma que já procurou por diversas vezes os órgãos competentes para encontrar uma solução para o problema. “Não sei mais o que fazer. Quando chove, dá a impressão que quando vamos para a rua, estamos dentro da enxurrada e do esgoto. É nojento”, confidencia a senhora.
Com a implantação do IF Goiano, os moradores passaram a ter uma esperança a mais, já que o bairro fica muito próximo ao órgão federal. Contudo, nada mudou. O setor que poderia ser bastante valorizado, continua esquecido, já que os comerciantes que procuram terrenos e espaços para abrir lanchonetes dentre diversos outros estabelecimentos, acabam desanimando quando percebem a falta de infraestrutura do local.
O que os moradores reivindicam, é que a prefeitura pare de esperar pela Saneago e vice-versa, e que providencias sejam tomadas o mais rápido possível, pois os moradores encontram-se em um verdadeiro “beco sem saída”, já que os impostos são pagos, as reclamações e reivindicações são feitas, e até o momento ainda não foram ouvidas.

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