Menor de 14 anos é morta com cinco tiros

Kerolaine Rodrigues Batista, de 14 anos, foi assassinada com cinco tiros às 14h10 de ontem, em um banco da Praça Santíssimo Redentor, na Vila São José em Goiânia, onde conversava com uma amiga de 15 anos. Um homem moreno, em uma motocicleta Twister preta aproximou-se das adolescentes, chamou a vítima de safada, mandou que a testemunha saísse do local correndo, sacou a arma e atirou cinco vezes na adolescente, que morreu na hora.

O crime foi presenciado por outras pessoas que saíram correndo da praça principal do setor. No tumulto, uma pessoa não identificada deixou uma bolsa vermelha de náilon e um dvd pirata do filme Duro de Matar 4. 0s objetos estavam em um dos bancos próximos ao local onde Karolaine foi assassinada. Bolsa e dvd foram apreendidos pela polícia, assim como uma blusa preta deixada no meio da praça e cinco cartuchos da arma usada pelo assassino, que fugiu sem ser reconhecido.

A adolescente, segundo os irmãos menores contaram para o delegado Ernane Cazer, adjunto da Delegacia de Homicídios, vinha recebendo ameaças de morte e um dia antes havia sido intimada a depor na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

De acordo com a delegada Ana Elisa Gomes Martins, a adolescente prestaria depoimento no dia 17 em um inquérito de estupro de vulnerável da qual foi vítima no dia 14 de julho do ano passado, na Vila Boa Sorte, em Goiânia.

Segundo a ocorrência número 2388, registrada na Delegacia de Atendimento à Mulher, a adolescente foi estuprada por um rapaz que a encontrou na rua, pouco depois da meia-noite, quando ela ia para a casa da mãe, no Jardim Botânico. Armado com uma faca, ele a obrigou a entrar em um lote e a estuprou.

A delegada não acredita que o assassinato da adolescente tenha relação com o caso de estupro. “Ela tinha uma vida conturbada e tudo indica que era usuária de drogas”.

A suspeita da delegada foi confirmada pela equipe de investigadores da Homicídios. Karolaine tinha antecedentes de atos infracionais graves: tráfico de drogas, receptação e homicídio. “Ela era usuária e traficante de crack”, contou um dos agentes que investiga o crime.

A principal testemunha do crime, uma adolescente de 15 anos, também já passou pelo mundo do crime: servia como ‘isca’ de ladrões de carga e era a responsável por aplicar o golpe do ‘boa noite cinderela’ em caminhoneiros. Ontem ela foi ouvida pelo delegado Ernane Cazer e liberada.(Gazeta)

 

 

 

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