Educação
MEC reprova maioria das instituições superiores de Goiás

De cada três cursos superiores que funcionam em Goiás, dois têm nota insatisfatória. Nacionalmente, a média é de uma ruim para cada duas graduações boas. Foi o que apurou o Ministério da Educação (MEC), que divulgou ontem o Índice Geral de Cursos (IGC) de 2009 sobre 6,8 mil graduações, em uma escala de 1 a 5.
Uma das 69 instituições de ensino superior (IES) avaliadas em Goiás, o Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Unidesc), chegou a perder autonomia administrativa e não pode mais expandir vagas ou abrir novos cursos sem autorização do MEC. Apenas duas instituições de ensino goianas tiveram avaliação considerada boa: a Universidade Federal de Goiás (UFG) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG), ambos com nota 4.
O IGC é um indicador que avalia a qualidade dos cursos de faculdades, centros universitários ou universidades. Ele pondera conceitos dos cursos de graduação e pós-graduação da instituição, utilizando dados como a distribuição dos alunos entre os diferentes níveis de ensino, os conceitos dos cursos e dados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Para um curso ter conceito é necessário que ele tenha participado do Enade com alunos novos e formandos.
Das 69 instituições de Goiás que foram avaliadas, 16 não contavam com todos esses critérios e por isso não tiveram IGC.
Nenhuma das 25 instituições (15%) que teve a melhor avaliação (nota 5), é de Goiás. Por outro lado, 34 instituições avaliadas em Goiás só alcançaram nota 2. Uma, a Faculdade de Piracanjuba, amargou isolada a pior avaliação estadual: com a nota 1.
Para um curso ter conceito, é necessário que ele tenha participado do Enade com alunos novos e formandos. Das 69 instituições de Goiás que foram avaliadas, 16 não contavam com todos esses critérios e por isso não tiveram IGC.
Entre as universidades maiores, a Universidade Estadual de Goiás (UEG), por exemplo, ainda não recuperou a nota 3 que alcançou no IGC de 2007. Em 2008 e 2009, a UEG teve nota 2, considerada insatisfatória pelo Ministério da Educação. A Pontifícia Universidade Católica (PUC Goiás) manteve uma avaliação razoável, com nota 3 em 2009, a mesma que vem obtendo desde 2007.
Nacionalmente, um total de 1.696 graduações tiveram nota 1 ou 2 no IGC. Isto soma 34% do total de instituições avaliadas. A maioria dos cursos do País (51,47%) foi considerada razoável, com nota 3.
Na última quinta-feira (13), também foi divulgado pelo MEC o Censo da Educação Superior de 2009. Os dados mostram que o número de matrículas no ensino universitário cresceu de 3,5 milhões, para 5,9 milhões em sete anos. Também mostrou que a oferta de cursos em instituições públicas é muito inferior às privadas que ofertam 2,7 milhões de vagas, das 3,1 milhões existentes, das quais, as públicas oferessem apenas 393,8 mil vagas.
Em Goiás, o censo mostrou que o número de formandos chegou a 22.589 em 2009, sendo que 8,8 mil concluíram o curso em instituições públicas e 13,7 mil em particulares. Por outro lado, o número de vagas oferecidas pelo ensino superior público é melhor preenchido que no particular. Enquanto as públicas ofereceram 19,2 mil vagas e preencheram 14,5 mil, as particulares ofereceram 88,5 e preencheram menos da metade: 38,7 mil. Dos 22,5 mil formandos em Goiás em 2009, 14,2 mil eram mulheres e 8,3 mil homens.
Ministério pode exigir redução de vagas
As 34 instituições de ensino superior (IES) goianas com nota inferior a 3 no Índice Geral de Cursos, devem preparar-se para adequarem. O Ministério da Educação sinalizou com termos de compromisso, mas também considera medidas como a redução de vagas e descredenciamento. Visitas às IES com nota ruim por parte de uma comissão do MEC, segundo divulgou a Agência Brasil, serão os próximos passos. Os especialistas vão analisar as condições da oferta de ensino, o regime de trabalho, a titulação do corpo docente, a infraestrutura e os projetos pedagógicos.
Universidades permanecem estagnadas.
As maiores instituições de ensino superior de Goiás não apresentaram avanços no Índice Geral de Cursos (IGC) divulgado ontem pelo Ministério da Educação (MEC). Em relação à última avaliação, feita em 2009 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as notas permaneceram inalteradas. O melhor desempenho novamente foi da Universidade Federal de Goiás (UFG), seguida pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e pela Universidade Estadual de Goiás (UEG).
A UFG obteve nota 4 na avaliação, que classifica os cursos superiores do país em faixas de notas que variam de 1 a 5, o melhor conceito. O reitor da universidade, Edward Madureira Brasil, considerou importante a instituição manter a mesma pontuação. De acordo com ele, o processo de expansão tem gerado transtornos, uma vez que a UFG ainda trabalha para consolidar quadros de servidores e professores.
Edward Madureira observa que nenhuma universidade apresentou grande salto, pois todo o sistema federal de educação superior passa por momento de expansão e investimentos. “Estamos nos preparando para atingir o nível máximo de excelëncia. É uma questão de tempo”, diz.
O reitor da UFG aponta como maior gargalo para o avanço da instituição na avaliação do MEC o desempenho na pesquisa e pós-graduação. “São componentes fortes na composição do índice e o crescimento nessas áreas demandam tempo”, afirma. A universidade tem apenas 16 anos de tradição em programadas de doutorado.
A PUC-GO também vem mantendo as mesmas notas desde 2007. Novamente, o conceito foi 3, considerado razoável pelo Inep. Já a UEG continua com desempenho insatisfatório: obteve nota 2.
Próxima de completar 12 anos, a UEG enfrenta protestos e greves de estudantes e servidores praticamente todos os anos. Em 2009, ano de referência da avaliação, a universidade passou por um processo de escolha da reitoria conturbado. Ocorreram manifestações, paralisações e denúncias de falta de espaços físicos adequados para as aulas em praticamente todas as unidades. Havia também a cobrança pela realização de concurso para professores, cujo quadro ainda é constituído na maioria por contratos temporários. Essas adversidades são refletidas na nota. O reitor da PUC-GO, Wolmir Amado, estava viajando ontem (Alfredo Mergulhão – O Popular).
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