Educação
MEC corta 10,9 mil vagas de Direito
O Ministério da Educação (MEC) vai reduzir 10.912 vagas do bacharelado em Direito de 136 cursos de instituições privadas de todo o País. Todos obtiveram baixos índices nas últimas avaliações do governo. A medida cautelar, com os nomes de todas as instituições, deve ser publicada hoje no Diário Oficial da União. A pasta também está autorizando a criação de 4.214 novas vagas no mesmo tipo de graduação em 33 cursos.
A decisão é da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, órgão criado este ano pelo MEC para cuidar exatamente desses temas. O professor da Universidade de São Paulo (USP) Luís Fernando Massonetto assumiu o comando da nova secretaria. Segundo a pasta, as instituições que sofrerão a medida deverão adequar seus processos seletivos, passando a ofertar anualmente o número de vagas especificado na decisão.
“Essa medida tem dois objetivos principais. Primeiro, de prevenção, porque protege novos alunos em relação aos cursos mal avaliados”, afirmou o secretário ao Estado. “Em segundo lugar, provocamos a instituição no sentido de que ela obtenha indicadores satisfatórios no futuro.”
A medida é provisória, e só se torna definitiva se a instituição não melhorar seu desempenho nas próximas avaliações. Os cursos que tiveram suas vagas cortadas apresentaram um Conceito Preliminar de Curso (CPC) inferior a 3 – o índice vai de 1 a 5. O CPC leva em conta diversos fatores, além da nota dos alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Entram no índice variáveis como o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), proporção de professores com mestrado e doutorado, regime de trabalho desses docentes e a opinião dos estudantes sobre a infraestrutura e a organização didático-pedagógica da instituição. “O corte de vagas é inversamente proporcional ao CPC: quanto menor o conceito, maior o corte”, disse Massonetto.
Já no caso das vagas autorizadas, os cursos receberam avaliações satisfatórias em relação às três dimensões que fazem parte do Conceito de Curso (CC), índice que avalia a oferta de uma graduação: infraestrutura, projeto pedagógico e corpo docente. “Todos os cursos aprovados obtiveram pelo menos nota 3 na avaliação”, afirma o secretário.
Rigor
Hoje, o curso de Direito representa 10,9% das matrículas em graduação no Brasil, com 651.730 alunos – os dados são do último Censo da Educação Superior. Desde 2007, o MEC já fechou três cursos de Direito e extinguiu cerca de 20 mil vagas.
Para representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o controle do governo é positivo e deve continuar. “Certas instituições deveriam ser proibidas de fazer vestibular, porque não têm as mínimas condições de formar bacharéis e apresentam cursos sofríveis”, afirma Edson Cosas Bortolai, presidente da Comissão Permanente de Estágio e Exame da OAB. Segundo ele, o exame não é difícil. “O nível de dificuldade é médio, não é impossível de passar. Hoje, temos faculdades que aprovam 80% de seus egressos e outras que aprovam só 3%.”

-
Cidadeshá 3 dias atrás
Justiça atende pedido do MP e determina que Prefeitura de Iporá entregue documentos sobre empréstimos consignados de servidores
-
Cidadeshá 4 dias atrás
Ministério Público aciona Prefeitura de Iporá para apresentação de documentos sobre empréstimos consignados
-
Cidadeshá 4 dias atrás
Câmara de Iporá rescinde contrato com assessoria jurídica após questionamentos sobre conflito de interesses
-
Cidadeshá 4 dias atrás
Polícia investiga homem por maus-tratos contra cavalo em São Luís de Montes Belos