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Cultura

Mato Grosso lidera degradação florestal: 1,5 mil Km² em menos de um ano

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Mato Grosso continua ostentando títulos negativos quando o assunto é degradação florestal. Em menos de um ano, acumula um valor impressionante: 1,5 mil quilômetros de desmatamentos na Amazônia Legal, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Essa quantidade representa 80% do total da degradação ocorrido em toda a Amazônia Legal. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 25, através do Boletim do Desmatamento (SAD) referente ao mês de junho.
Já foi pior; bem pior. Os números indicam que houve uma redução de desflorestamento no Estado na ordem de 58% comparado aos 11 meses anteriores. A degradação florestal acumulada no período de agosto 2011 a junho 2012 atingiu 1.974 quilômetros quadrados. Em relação ao período anterior – agosto de 2010 a junho de 2011 – quando a degradação somou 6.274 quilômetros quadrados, houve redução de 69%.
Segundo dados da organização, em junho agora foram desmatados 34,5 quilômetros quadrados na Amazônia Legal. Isso representou uma diminuição de 66% em relação a junho de 2011 quando o desmatamento somou 100,5 quilômetros quadrados. Devido a cobertura de nuvens, foi possível monitorar 73% do território, um valor maior que junho de 2011 (65%).
No mês monitorado, 60% do desmatamento ocorreu no Pará. Em seguida aparece o Amazonas com 28%. O restante (12%) ocorreu no em Rondônia (6%) e Mato Grosso (6%).
As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 14,5 quilômetros quadrados em junho de 2012. Em relação a junho de 2011, quando a degradação florestal somou 193 quilômetros quadrados, houve uma diminuição de 93%. Grande parte, 45%, dessa degradação ocorreu no Mato Grosso.
Em junho de 2012, o desmatamento detectado pelo SAD comprometeu 960 mil toneladas de CO2 equivalente. No acumulado do período (agosto 2011 a junho de 2012) as emissões de CO2 equivalentes comprometidas com o desmatamento totalizaram 74 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 18% em relação ao período anterior (agosto de 2010 a junho de 2011).
No mês de junho a detecção do desmatamento e degradação florestal do SAD foi realizada na plataforma do Google Earth Engine. Esse sistema foi desenvolvido em colaboração com a Google e utiliza o mesmo processo já utilizado pelo SAD, com imagens de reflectância do MODIS para gerar os alertas de desmatamento e degradação florestal. Batizada de SAD-EE (Earth Engine), a nova plataforma disponibilizará os dados e as ferramentas de processamento de imagens de satélites, edição de mapas digitais e validação do mapeamento que rodam nas nuvens de computadores da Google.
Isso permitirá a redução do tempo para pré-processamento, análise e divulgação dos dados, podendo chegar até 50% do tempo para gerar os alertas, dando maior agilidade no processamento das informações e possibilitando a detecção do desmatamento em áreas além das fronteiras da Amazônia Brasileira, pois todas essas tecnologias e dados de satélites estarão disponíveis à instituições de outros países, possibilitando o monitoramento em escala global.

Por: 24 Horas news

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