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Segurança

Mais um acidente com ônibus escolar

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Sete meses após a pior tragédia envolvendo ônibus escolar em Goiás, novo acidente deixa 23 feridos, sendo 21 estudantes entre seis e 15 anos de idade. Em fevereiro, o número de mortos em colisão no município de Iporá chegou a 13.
Ontem (27), a colisão entre uma carreta e um ônibus escolar ocorreu entre a GO-219 e a GO-320, no trevo do município de Vicentinópolis, a 161 km de Goiânia, região Sul do Estado. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 17h30min, e depois de fazer o atendimento no local, encaminhou os feridos para os hospitais de Pontalina, Morrinhos e Vicentinópolis. Os que apresentavam estado mais grave foram conduzidos para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), dentre eles, o condutor do ônibus, Moacir Kaim de 37 anos, que sofreu traumatismo craniano e fraturou os dois braços.
As crianças e adolescentes na faixa etária entre 6 e 15 anos estudam nas escolas municipais e estaduais da cidade. Eles retornavam para a zona rural, onde residem, com o ônibus cedido pela prefeitura. O automóvel estava na GO-219 sentido Vicentinópolis/Pontalina e a carreta bitrem, com placa de São Paulo, na GO-320 sentido Goiatuba/Edéia.
As causas do acidente ainda não foram apuradas, mas de acordo com testemunhas que estavam no local, o transporte escolar não teria respeitado a preferência do outro veículo, passando direto por um sinal de pare. A carreta não conseguiu frear e acertou a lateral do ônibus que tombou na ilha do trevo.
A cidade não possui ambulâncias e, por esse motivo, estas tiveram de ser buscadas em cidades vizinhas como Itumbiara, Goiatuba, Pontalina, Edeia, Indiara e Joviânia. As crianças e adolescentes não usavam cintos de segurança. Moradores relataram que acidentes no local são frequentes.
Em Goiânia
Até o fim da noite de ontem, dez feridos já tinham sido levados para o Hugo, dois em estado grave. Segundo um funcionário do hospital, que preferiu não se identificar, a maioria estava com cortes na boca, e um dos pacientes possuía fraturas expostas. O motorista, Moacir, encontrava-se “entubado” em estado gravíssimo.
Familiares que acompanharam os pacientes até o Hugo não conseguiam conter o choro e o nervosismo. Em Vicentinópolis, de acordo com a Polícia Militar da cidade, apesar de o local da colisão ter sido parcialmente interditado, pais e amigos queriam furar a barreira e adentrar no local, o que provocou princípio de tumulto.
Crianças iriam para o primeiro dia de aula
O acidente em Vicentinópolis não é o primeiro com gravidade este ano, em Goiás, envolvendo ônibus de transporte escolar. Em fevereiro, uma colisão na GO-174, próximo a Iporá, entre duas carretas carregadas de soja e um ônibus escolar que levava alunos da zona rural, deixou 13 mortos e outros 30 feridos, totalizando 43 envolvidos no acidente. Entre as vítimas estavam 11 crianças com idade entre 5 e 12 anos, todas moradoras da zona rural de Montividiu, que voltavam do primeiro dia de aula na cidade.
Também morreram no acidente os motoristas do ônibus e de uma das carretas. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, foi a pior tragédia já ocorrida envolvendo crianças em rodovias do Estado.

 

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