Cidades
Juíza nega pedido de liberdade provisória a homem acusado de sequestrar criança em Caiapônia
Sequestro ocorreu na última segunda-feira (18/6), menina foi resgatada no dia 20 e o suspeito preso.
A juíza Gabriela Maria Oliveira Franco, da comarca de Caiapônia, converteu a prisão cautelar de Esequiel Severino Mendonça em prisão preventiva, durante audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (22). O homem é acusado de ter sequestrado uma menina de 9 anos.
A defesa do indiciado requereu a revogação da prisão preventiva, enquanto o representante do Ministério Público do Estado de Goiás se manifestou por sua manutenção. A magistrada ressaltou que, para que seja decretada a prisão preventiva, é necessário que seja verificado se há prova da existência do crime e indício suficiente da autoria, além da configuração de ameaça à garantia da ordem pública ou da ordem econômica.
Gabriela Franco informou que a conveniência da instrução está justificada no fato de que a segregação do investigado possibilitará uma maior liberdade de participação dos envolvidos na investigação, evitando possíveis ameaças contra a vítima e as testemunhas. Além disso, disse que a garantia da aplicação da lei penal fundamenta-se na possibilidade de o acusado fugir do distrito da culpa, “como supostamente já o fez, não sendo localizado em nenhum de seus endereços profissionais e residenciais na cidade, estando praticamente incomunicável, sobretudo em uma região possuidora de vários assentamentos rurais e de grande extensão territorial”, explicou.
“Sendo assim, diante disto, face a gravidade dos fatos, o cerceamento da liberdade do representado faz-se imprescindível para a preservação e obtenção das provas, configurando-se medida essencial para a conveniência da instrução criminal, para assegurar a aplicação da lei penal, bem como para a garantia da ordem pública”, explicou a juíza. “A prisão cautelar está justificada no resguardo da ordem pública, pois o crime investigado, além de grave, foi supostamente praticado contra criança de 9 anos de idade, sem qualquer possibilidade de se defender das possíveis atrocidades, inclusive de cunho sexual, possivelmente pretendidas pelo investigado”, afirmou.
Caso
Segundo informou a mãe da menina à polícia, ela teria saído para trabalhar por volta de 12h30 e deixado a filha sozinha em casa, como de costume. As portas teriam ficado trancadas.
Ao retornar, encontrou a casa trancada e a chave não estava no lugar que ficava todos os dias. Para desespero da mãe, a filha Lara Eloá Pereira de Andrade, também não estava em casa.
Logo, a mãe lembrou do pedreiro, que conhecia a casa e sabia que a menina costumava ficar sozinha. Por ter prestado serviço na casa da família, Lara Eloá tinha uma certa confiança no homem.
Desesperada, a mãe foi até a casa do suspeito, encontrando tudo fechado e a garagem vazia. Imediatamente, comunicou o desaparecimento à polícia e as buscas foram iniciadas pela Polícia Civil e Militar.
Imagens de um posto de gasolina, que fica na saída da cidade, mostram o suspeito abastecendo o carro. É possível também ver a imagem de uma criança no banco da frente do carro. Segundo a polícia, a mãe teria identificado como sendo sua filha.
O caso foi investigado pelo delegado Marlon Souza Luz, com o apoio de equipes da 7ª Delegacia Regional de Polícia (DRP), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e também da Polícia Militar da cidade.
Lara Eloá foi resgatada no dia 20 de junho, e Esequiel preso.