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Cultura

Juiz diz que agiu por Deus ao proibir união gay

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Ao receber o apoio da bancada evangélica da Câmara dos Deputados, ontem, em Brasília (DF), o juiz goiano Jeronymo Pedro Villas Boas, que ganhou as manchetes dos principais jornais do Brasil esta semana depois de anular, de ofício, contrato de união homoafetiva registrado em Goiânia contrariando decisão do Supremo, admitiu ser pastor e agir segundo sua doutrina. “Deus me incomodou, como que me impingiu a decidir”, segundo disse aos jornalistas presentes no ato das frentes parlamentares Evangélica e da Família, que trataram de sair em defesa do magistrado.

Ontem, a corregedora-geral de Justiça, desembargadora Beatriz Figueiredo Franco, disse que o juiz não atendeu à avocação feita por ela do processo em questão, despachando irregularmente nele após medida administrativa adotada pela corregedoria. A desembargadora levou o caso ao conhecimento da Corte Especial do Tribunal de Justiça, que tem o poder de abrir sindicância para apurar possível indisciplina do juiz no episódio. Ela reiterou ontem que, com a medida adotada pela corregedoria, tornando sem efeito a decisão do magistrado, o contrato anulado pelo juiz volta a ter validade e os cartórios devem voltar a firmar os contratos de união homoafetiva.

Irritação

Jeronymo Villas Boas afirmou durante sua passagem pela Câmara dos Deputados que tem o direito de expressar sua fé, embora tenha se irritado com as perguntas dos jornalistas quanto a possível interferência da religião na decisão tomada por ele. “Sou pastor da Assembleia de Deus Madureira e não nego a minha fé”, disse o magistrado durante entrevista em Brasília.

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