Política
Iporá a terra dos “Buracos”
É sempre na época de chuva, que a comunidade volta a conviver com os problemas ocasionados pelos buracos que se multiplicam no leito das ruas. O descaso é tamanho, que uma irônica frase escrita no muro da Rua José Candido Vieira, no Setor Mato Grosso, expressa o sentimento do Iporaense para com a atual situação. Diz a mensagem: “DOU UM MILHÃO DE REAIS PARA QUEM CONTA OS BURACOS DE IPORÁ”.
Em vários pontos da cidade, buracos e desníveis de pista exigem atenção redobrada dos motoristas que, em um segundo de descuido, podem ter o pneu do carro estourado, a roda amassada, a suspensão quebrada e, em casos mais graves, até mesmo sofrerem um acidente. É preciso ter paciência e mais atenção nesta época do ano, pois os buracos e remendos de asfalto na pista parecem ser um problema sem solução.
A camada de asfalto que reveste o leito das Ruas Limeira, José Candido Vieira, Avenida Rio Claro, Bartolomeu Bueno, Avenida 24 de Outubro, Francisco Sales, Avenida Pará e tantas outras pela cidade, já ultrapassaram e muito sua vida útil.
Em alguns segmentos dos bairros periféricos a situação não é diferente dos trechos centrais. As crateras tomaram conta e quase não há condições de tráfego de veículos, o que compromete o atendimento a emergências de saúde e inclusive o acesso da polícia.
Semanas atrás, um irônico boneco colocado na rotária da Rua Esmerindo Pereira, em frente ao Supermercado Potente, levantou a necessidade de iniciar a operação de “Tapa Buracos” no município. Contudo, apenas alguns pontos receberam a massa asfáltica “meia-boca”, que já se foi com a quantidade de chuvas dessa estação.
Falta de reparo constante permite que o problema se agrave
A falta de uma manutenção constante, contribui, sem sobra de duvida, para sobrecarregar a realidade das ruas e avenidas de Iporá. As pistas de circulação de veículos encontram-se comprometidas pelas trincas, buracos ou “panelas”, que são causados por materiais e serviços inadequados de manutenção, infiltração da água, desagregação do material sob ação do tráfego de veículos, diminuição gradual da resistência, remendos das valas de esgoto feitas pela Elmo Engenharia, e, em alguns trechos, o afundamento causado pela má compactação do asfalto.
No processo de formação das “panelas” ou buracos, quando uma placa de revestimento se desprende, deixa a base do pavimento exposta à ação das águas da chuva fator que aliado ao trafego intenso de veículos pesados dentro da cidade intensificam a situação calamitosa.
Nesta época de chuva o problema se agrava pela falta de drenagem de águas pluviais, que, quando as enchurradas enchem os buracos, o motorista fica indefeso. Com isto, o prejuízo é certo, com danos na direção, cano de descarga quebrado e desalinhamento dos pneus.
A ausência de boca de lobo em alguns setores e de uma galeria pluvial ao longo da cidade, causa também enorme aflição aos moradores que, na tentativa de prevenir acidentes, colocam galhos de árvores sinalizando aos motoristas sobre o perigo.
Sem chuva ainda é possível desviar dos buracos. Já com a chuva, o buraco fica coberto pela água e é difícil percebê-lo. A Avenida Pará e a Avenida Rio Claro, por exemplo, são locais onde circulam mais de 5.000 veículos por dia e a cada passagem as crateras aumentam.
O desconforto com os remendos é certo para quem anda de carro devido às trepidações e quedas nos buracos, que comprometem todo o sistema de direção dos veículos, além de expor a riscos o motorista e o pedestre.
Há tantos remendo que, para se saber quantas ligações de águas e esgoto existem nestes trechos, basta somente contar, pois o asfalto é tão antigo que apresenta à vista todas as marcas das valas das ligações e o trajeto das adutoras. É difícil entender o descaso com a conservação das nossas vias principais, principalmente quando mal é recordado quando o último reparo eficaz foi aplicado.
As vias públicas poderiam até ser melhor preparadas com uma política de prevenção através do reforço dos buracos antes que o período chuvoso iniciasse. Contudo não há são, fato que aumenta em proporções quantitativas e qualitativas os buracos de Iporá.A esperança é que a Secretária de Ação Urbana possa iniciar a operação “Tapa Buracos” antes que nossas vias se tornem intransitáveis. Diante tudo isso alguém ainda se arrisca a contar os buracos de Iporá?
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