Incêndio destrói quase 100% de uma propriedade rural

Bombinhas soltadas por uma criança, pode ter sido a causa de um grande incêndio que destruiu aproximadamente 4 alqueires de pastagens em um sítio no Bairro do Sossego na tarde do último domingo (19).
Segundo informações do Sr. Lucas Aloisio Trindade, proprietário do sítio, o fogo começou por volta das 14h00 próximo à rua que liga o Bairro do Sossego ao Setor José Cândido Vieira (casa das mães), avançando rapidamente para dentro da propriedade. Lucas conta que as chamas alastraram-se rapidamente, e dentro de minutos já não podia fazer mais nada, “tivemos de ficar olhando o fogo destruir tudo sem poder fazer nada” diz.
O fogo destruiu quase 100% da pastagem do sítio. Ao chegar ao local, encontramos o Sr. Lucas realizando a venda de 8 cabeças de gado, e após ser questionado sobre a venda, diz ele não ter pastagem para o gado. Afirma aidna, que que além dessas 8 cabeças, já havia vendido mais 14 na última segunda feira, pois não tem condição de manter o gado somente com ração, face ao valor desta.

Lucas que possui sérios problemas de saúde, agora necessita de um funcionário para buscar alimento para o gado restante, e emocionado afirma não saber o que fazer, pois é aposentado. Tanto ele quanto sua esposa, necessitam de tratamentos decorrentes da própria idade, e a renda gerada com gado, era o que dava suporte ao tratamento do casal.
Questionado sobre as atitudes que tomaria contra a família da criança que ateou fogo na sua propriedade, disse que os Policiais Militares que estiveram no local ajudando a apagar as chamas, o orientaram a procurar a delegacia de Policia para tomar as providencias cabíveis. Todavia, com uma simplicidade única, ele diz que a criança é criada por um avô, e que o mesmo não tem condições de ajudá-lo.
Lucas disse que a chácara e a criação de gado era fundamental para o sustento da família, e agora não sabe o que fazer. A verdade é que o abatimento e a tristeza é visível nos olhares dos membros da família, que já não sabem o que fazer.
Lucas pede a ajuda de algum órgão público,  pois já reside no local há cerca de 24 anos, e nunca passou por um momento tão difícil como este. Afirma ainda,  necessitar de ajuda para manter os gastos com farmácias e com  o próprio sitio, já que apenas o salário da aposentadoria é insuficiente.

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