Idosa de 70 anos morre vítima de dengue hemorrágica na UPA de Iporá

A cidade de Iporá registrou mais uma perda trágica para a dengue. Rosália da Costa Medrado, de 70 anos, lutou contra a doença, mas não resistiu às complicações da forma hemorrágica. O caso reacende o alerta sobre a gravidade do surto que atinge Iporá e região, reforçando a necessidade de ações urgentes para conter a proliferação do Aedes aegypti.

• Leia também: 
  Iporá lidera o ranking de casos confirmados de dengue em Goiás
  Estado investiga duas mortes por dengue em Iporá

Familiares relataram ao Diário do Interior que Rosália começou a apresentar sintomas no dia 23 de fevereiro e foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde recebeu medicação e hidratação. No dia seguinte, realizou exames para diagnosticar a dengue, mas o resultado foi negativo. Já em 25 de fevereiro, diante do agravamento dos sintomas e de uma intensa fraqueza, um novo exame confirmou a infecção pelo vírus. A vítima recebeu medicação e, como não houve alteração nos exames e ela demonstrava estar bem, foi liberada para continuar o tratamento em casa.

Apenas um dia após a liberação, familiares precisaram levá-la de volta à UPA. Já em estado grave, Rosália necessitava urgentemente de uma UTI e de intubação. Uma vaga foi disponibilizada em Nerópolis, mas, antes que a transferência pudesse ser realizada, ela faleceu na própria UPA de Iporá, no último dia 26. Familiares contam, que, a causa do falecimento foi confirmado após o laudo e apontou que Rosália, morreu vitima de dengue hemorrágica.

De acordo com o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), o estado contabilizava 36 mortes notificadas por dengue, das quais cinco foram confirmadas e as demais seguiam sob investigação. Iporá se destacava com duas mortes suspeitas, tornando-se uma das únicas cidades do oeste goiano com óbitos sob análise relacionados à doença.

Procurada, a prefeitura não se manifestou sobre o caso. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde de Iporá tem optado por não divulgar boletins periódicos sobre o número de casos da dengue na cidade. Iporá, que liderou o ranking de casos da doença em Goiás no mês de janeiro e possui duas mortes sendo analisadas com suspeita da dengue, segue sem fornecer informações detalhadas sobre a contaminação e o avanço de casos no município. Na próxima semana, um novo relatório da Secretaria Estadual de Saúde deve trazer um panorama mais preciso da situação em Iporá.

Diante desse cenário preocupante, a Secretaria Estadual de Saúde reforça a importância das medidas preventivas para combater a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. A população deve intensificar os cuidados, eliminando focos de água parada e adotando hábitos que reduzam o risco de novas infecções.