Política
IBGE entra na reta final em Iporá
Com 90,14% de recenseamento concluso em Iporá, o IBGE encaminha-se para a fase final da coleta de informações nos lares iporaenses e já adianta que não houve aumento significativo da população. Até o momento foram catalogados os moradores de cerca 10.185 moradias com 28.156 pessoas recenseadas, sendo 13.720 homens e 14.436 mulheres. O levantamento deve ser encerrado até o dia 15 de Outubro.
Além da contagem populacional, o Censo visa levantar uma série de outros dados gerais coletados através de dois questionários, um mais simples, com questões gerais, e o outro mais complexo, com dezenas de perguntas sobre a população, renda, escolaridade, saneamento básico entre outras informações.
De acordo com o coordenador do IBGE em Iporá Ovídio Joaquim, a gestão municipal está muito preocupada com o resultado da pesquisa que pode indicar uma queda ou não no Fundo de Participação Municipal repassado aos municípios. O relatório com a contagem da população é repassado ao Tribunal de Contas da União que o utiliza para calcular as quotas referentes ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), feita a partir das projeções e estimativas populacionais que o IBGE divulga anualmente desde 1989. Assim, a distribuição anual do FPM depende da atualização das populações municipais.
O coordenador ressalta também a importância da população receber bem os recenseadores e repassar as informações corretamente, permitindo fazer um retrato fiel da realidade no município.
As projeções e estimativas populacionais, também alimentam as bases de informações de ministérios e secretarias estaduais e municipais da área social, para a formulação e implementação de políticas públicas. São ainda um instrumento poderoso para subsidiar, por exemplo, as campanhas nacionais de vacinação, a avaliação das matrículas escolares, bem como são extremamente úteis ao planejamento da oferta de serviços para crianças, adolescentes, jovens, pessoas em idade ativa e idosos. Por fim, fornecem subsídios para a obtenção da tábua completa de mortalidade, que o IBGE divulga a cada ano, e é utilizada no cálculo do fator previdenciário.
Uma das dificuldades encontradas pelos recenseadores, é o grande numero de residências sem pessoas no período comercial. Nessas residências, os recenseadores têm retornado fora do horário de expediente. Muitos imóveis encontram-se desocupados, ou com placas de aluga-se ou vende-se.
“É verdade que ainda faltam algumas residências para visitar, e outras nas quais já fomos, as pessoas nos solicitam para ir novamente sem saber que já foram contadas. Por isso é interessante conversar com os familiares para saber se o censo já foi aplicado ou não na casa. Qualquer um que estiver na residência, está apto a responder aos questionários”, comenta Ovídio.
Nota-se não só em Iporá como nas demais cidades do país uma tendência de redução do número de pessoas por família, diminuição da população infantil e o aumento da população idosa. Pelos dados do IBGE, até agora a média de pessoas por residencia é de 2,83 pessoas, para as acima de 69 anos é de 6,94 e, para os menores de 3 anos de idade é de 3,33, querepresenta uma queda expressiva em relação ao ano de 1991, quando o censo presenciou uma média de 7,97 crianças.
Tudo isso leva à conclusão, inclusive já abordada por este jornal: “a evasão de jovens, é a principal causa do número maior de pessoas mais velhas no município. Contudo, somente após o levantamento completo dos dados, é que haverá a possibilidade de indicar soluções para as dificuldades enfrentads no município.
Vale lembrar, que se até o dia 10 de Outubro sua residência não for censoriada, basta procurar o IBGE na Avenida Goiás, nº 827, centro, ou ligar pelo fone (064) 3674-1099.
Impõe-se advertir aos responsáveis pelo Censo, que não basta esclarecer aos habitantes não recenseados o direito de procurarem pelo IBGE, mas sim a obrigação dos mesmos na execução total e correta dos dados que se fazem necessários.
O fato, é que em conversa com inúmeros cidadãos iporaenses, a grande maioria tem afirmado que ainda sua família não foi procurada pelos recenseadores.
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