Segurança
Homem acusado de fraudar CNHs é preso em Montes Claros
Dos 22 mandados de prisão expedidos, apenas um não foi cumprido. Todos os 38 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Os envolvidos responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, concussão, falsificação de documentos públicos e formação de quadrilha. A operação denominada de “CARTA MARCADA” teve como base, investigações realizadas pela Polícia Civil e o Ministério Público Estadual, através do Grupo de Repressão ao crime organizado. O GENARC de Iporá foi acionado na noite do último dia 13 para participar da operação, e contou com o apoio da Delegacia Regional e da Delegacia de Montes Claros.
Entenda o caso
A operação “CARTA MARCADA” envolveu o trabalho de oito promotores de justiça, 40 policiais militares, 120 policiais civis e 18 delegados de polícia e resultou na apreensão de R$ 40 mil, duas armas de fogo, documentos e computadores. A operação foi realizada simultaneamente em três Estados: Goiás, Minas Gerais e Pará.
A operação foi deflagrada com o objetivo de desmontar esquemas de fraudes no Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) envolvendo a emissão de carteiras de habilitação (CNHs) e a aprovação de vistorias de veículos irregulares.
Realizada em ação conjunta do Ministério Público de Goiás {por meio do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRC) e do Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e Polícias Civil e Militar, a operação resultou de uma ampla investigação que se estendeu por 16 meses e apurou a participação nas fraudes de servidores públicos do Detran-GO, de intermediadores do serviço ilegal e de proprietários de Centros de Formação de Condutores (CFCs).
Além da sede do Detran-GO, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em 16 CFCs, 11 oficinas e despachantes e em residências. A ação, em Goiás, abrangeu Goiânia e outros sete municípios: Aparecida de Goiânia, Teresópolis, Itaberaí, cidade de Goiás, Mineiros, Hidrolândia e Montes Claros de Goiás. No Pará, a operação se estendeu a Belém, Parauapebas, Ourilândia do Norte e Marabá, enquanto, em Minas, as ordens judiciais foram cumpridas em Uberaba.
As fraudes eram realizadas tanto em Goiânia, como no interior do Estado, e também em Minas Gerais e Pará. Um dos esquemas se trata da compra e venda de CNH. Alguns candidatos que não conseguiram a aprovação nas provas ou que não queriam realizá-las pagavam pela abertura do processo. Contudo, ele era concluído em outras cidades. Cada CNH era comercializada por R$ 1 mil a R$ 3 mil. Já o outro esquema consistia no pagamento de propina para que os responsáveis pela vistoria de veículos no Detran validassem o procedimento mesmo sem sua realização. Os valores pagos pelo serviço não foram divulgados. As provas colhidas na operação vão instruir o inquérito policial já instaurado.
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