Política
Grupo discute crédito rural
Enquanto alguns não estudam ações para incentivar a expansão da agricultura familiar, um grupo de pessoas vem realizando reuniões constantes para ampliar e aperfeiçoar o mercado agropecuário de Iporá ainda inexplorado, diante o potencial.
A FETAEG (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás), representada no município pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, juntamente com produtores, bancários, EMATER e demais segmentos sociais, estiveram reunidos durante todo o dia nesta quinta-feira (30), elaborando o diagnóstico do perfil agropecuário de Iporá e suas cidades vizinhas; Amorinópolis, Diorama e Israelândia, a fim de definir ações para aumentar a rentabilidade e a vida dos produtores rurais.
Com base no Programa Tanque Cheio que estabelece “a construção, manutenção e desenvolvimento de uma rede de assessoramento técnico e comportamental às famílias de produtores rurais da cadeia produtiva do leite”, integrando os sistemas de geração de tecnologias, consultores técnicos e famílias do campo, o grupo pretende implantar nas comunidades, o programa que em algumas cidades já é um sucesso: Fazenda Nova, Alexânia, e São Luís dos Montes Belos com o APL Lácteo.
De acordo com Luiz Soledade da FETAEG, o produtor tem hoje um incentivo muito grande do governo com duas linhas de crédito especiais. Uma em que a COTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) disponibiliza R$ 4.500.00 para o produtor repassar seu produto às instituições sociais, podendo, inclusive comercializar o excedente destas. E outra, pelo PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), em que as escolas estaduais e municipais ficam responsáveis por investir 30% do orçamento repassado a estas, com a aquisição de alimentos da agricultura familiar local. ”Acima de tudo isso, é importante a organização dos cooperados, associações e sindicatos para que andem na mesma linha. Quanto ao produtor, este deve apoiar-se em um destes para que as políticas como anteriormente expostas, cheguem de fato aos merecedores do beneficio”, afirma.
O diagnóstico revelou por alto, que a região de Iporá possui 1500 produtores de leite. No entanto, que estes produzem abaixo da média regional e um dos fatores apontados deve-se a qualidade do produto obtido.”Não é necessário esperarmos até que o tanque cheio se estabilize; definir aqui mesmo qual é a contra partida de cada órgão e praticá-la, já é um passo fundamental. O que vir depois nós agregamos”, comenta Isamel Alves, da superintendência do Banco do Brasil.
O encontro, além de formar esse importante diagnóstico da agricultura familiar, definiu por marcar uma próxima reunião para o dia 28 de Outubro (quinta-feira), às 09h00, oferecendo tempo suficiente para que cada segmento apresente suas contribuições em ações concretas e que melhorem a economia iporaense.
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