Segurança
Grupo “Amigos do Lago” é criado para revitalizar o cartão postal da cidade de Iporá
Foi se o tempo em que o Lago Por do Sol era repleto de pessoas não importando o dia, fazendo chuva ou sol. Ponto de encontro dos amantes de esportes com diversos campeonatos, ou dos que apreciavam o som das pickup´s, ou ainda para aqueles que buscavam um ambiente familiar aliado à natureza. O lago com toda a sua exuberância, era cotado como um dos mais belos do Estado, recebendo turistas dos quatro cantos do país.
Os 14 anos de existência, infelizmente não fizeram bem ao cartão postal da cidade de Iporá, que por diversos fatores, tais como a falta de um gerenciamento adqueado, incentivo e de uma Secretaria de Cultura e Lazer atuante, adormeceu no esquecimento dos iporaenses e dos turistas.
Preocupados em resgatar esse ambiente, alguns donos de quiosques do lago estão se organizando, com o apoio do vereador Valdeci Lima e do IFGoiano, para formar um grupo intitulado “Amigos do Lago”, que terá a finalidade de propor ações para melhoria estrutural, organizacional, bem como a valorização do espaço físico. A primeira reunião oficial aconteceu na tarde da última sexta-feira (3).
Em primeira instância, foram discutidas as dificuldades, com depoimentos de quem acompanha de perto a realidade. Para Maísa Rocha, uma das proprietárias mais antiga de quiosque, depois que o lago foi construído, Iporá passou a ser reconhecido, “Nós deixamos de ser a cidade marginal, para ser a cidade do lago bonito. Além de ser o meu sustento, eu me preocupo com tudo isso aqui”, comentou.
Quem tambem opinou, foi o organizador de eventos Olavo Filho (Segundinho). De acordo com ele, o turismo é o grande potencial e inclusive a sacada para alavancar a economia de Iporá. Ele tambem criticou a ausência de uma Secretaria de Cultura, “Lembro-me que todos os carnavais aqui eram lotados, pessoas vinham de fora e montavam seus blocos, era dinheiro para a cidade de Iporá desde o catador de latinha, aos bordéis. Hoje é triste afirmar para as pessoas de fora que a vida noturna de Iporá se resume aos butecos da cidade”, desabafou.
É bem verdade que dos 16 quiosques do lago, apenas 7 abrem freqüentemente, e isso, devido a falta de clientes e das despesas serem altas, “Hoje, para conseguirmos R$ 50,00 na noite de um sábado, temos que ralar muito”, afirmou Olavo Filho. Um dos assuntos mais polêmicos abordados, foi a questão da limitação do som no lago, reativação do posto da Polícia Militar, reparos nos banheiros e construção de um palco fixo que percorrerá de uma lado ao outro da rua.
Segundo o vereador Valdeci Lima, o assunto foi levado até o prefeito José Antônio a fim de analisar a disponibilidade de adesão ao movimento. Previamente, notou-se que o poder executivo está sensível à causa.
Alguns encaminhamentos e problemas apresentados foram:
• Criação de um regulamento interno que disponha sobre a utilização do som em forma de rodízios nos quiosques e demais políticas locais;
• Buscar reverter à taxa cobrada em cada quiosque para benefícios específicos do lago;
• Criação do grupo “Amigos do Lago”;
• Reativação do posto policial;
• Criação de um baixo assinado;
• Contrapartida do IFGoiano com campanhas educativas e monitoração da água do lago;
• Proibição do tráfego de veículos pesados;
• Criação de uma galeria fluvial;
• Articulação com executivo para a realização de reparos estruturais, tais como iluminação, banheiros, canteiros, recolocação de banco de areia nas margens e outros;
• Elaboração de um projeto que integre todas as necessidades do lago;
• Criação de uma comissão de coordenação e mobilização;
• Resgate dos campeonatos de Jet Ski, pesca, MotoCross e outros;
O grupo estabeleceu também que estará entrando em contato em breve com o prefeito José Antônio para apresentar as discussões.
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