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Cultura

Goiânia registra primeira união homoafetiva do País

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Liorcino Mendes Pereira Filho, de 46 anos, conhecido como Leo Mendes, casou-seontem , 9, às 11h30. Não se trata de um casamento qualquer, mas da primeira união homoafetiva registrada em cartório no país. Para ele e seu companheiro, o estudante Odílio Cordeiro Torres Neto, de 23 de anos, trata-se “do momento mais importante de nossas vidas, além de estarmos unidos legalmente, estamos contribuindo com a cidadania neste país”.

O casal está junto há um ano, mas agora estão em uma união estável por direito. “Meu companheiro ganhou três dias de licença para lua de mel, como ganharia um casal heterossexual. Estamos vivendo plenamente esta união”.
Leo Mendes, que é presidente da Aliança LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais) de Goiás, afirma que o casal agora tem os mesmo direitos que os heterossexuais, podendo fazer parte do plano de saúde do companheiro e adotarem filhos, por exemplo.

Leo afirma que ele e Odílio não puderam mudar os sobrenomes. Ele diz que isso só é possível em casamento civil, mas que vai entrar na Justiça. Mendes ressalta que o maior problema agora será enfrentar a homofobia. “A nossa cidadania ainda está no armário, se a gente for desenvolver nosso afeto em público, corremos o risco de sermos agredidos”, denuncia.

De acordo com Mendes, ainda não há lei que criminalize a homofobia, e que a próxima luta envolve a aprovação do Projeto de Lei 122 que torna crime a violência contra homossexuais no Brasil. A comemoração do casamento de Leo e Odílio foi em casa, mas reforçaram a importância de entrarem no cartório e oficializarem, por direito, essa união.

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