Cidades
Fazendeiro é condenado a 12 anos de prisão por matar funcionário após briga em bar, em Jussara
Crime aconteceu em 1998 e funcionário foi morto com dois disparos na costas, depois foi arremessado de uma ponte numa altura de 150 metros.
Foi condenado a 12 anos de prisão, para ser cumprido inicialmente em regime fechado, o fazendeiro Alexandre Henrique de Castro, acusado de matar Benjamin de Moura de Camargo. O julgamento em júri popular aconteceu no Fórum Criminal da comarca de Goiânia e foi presidido pelo juiz Jessir Coelho de Alcântara.
O crime aconteceu na cidade de Jussara, em 1998. Segunda a denúncia do MP do município, no dia 26 de fevereiro, Alexandre teria matado Benjamin, conhecido como Tião, após terem consumida bebida alcoólica em um bar. Eles, então, dividiram a conta e, ao sair do bar, Benjamin teria se negado a ir e disse: “você quer que eu vá embora para a fazenda para comer o quê? Lá não tem mulher.”
Neste momento, conforme a peça acusatória, Alexandre teria repreendido a vítima pelo fato da esposa de um empreiteiro identificado como Wagner estar presente no local. Alexandre e Benjamin teriam discutido e, com muita insistência, pediu para que a vítima lhe entregasse o revólver calibre 38 que portava. Benjamin devolveu o revólver descarregado, atirando os projéteis no chão.
Logo após, conforme a denúncia, Benjamin teria disputado as cápsulas com Hélio dos Anjos, conhecido como Tarão. Ele teria dado um rasteira na vítima e desferido duas pancadas com a sola da botina na cara da vítima, desmaiando-a.
Um carpinteiro, identificado como Sebastião, com a ajuda de Wagner e seu irmão Vanderlei, colocaram a vítima na carroceria da caminhonete de Alexandre e percorreram cerca de 50 quilômetros, rumo a Montes Claros de Goiás. Nas proximidades do Rio Claro, Alexandre e Hélio teriam amarrado uma pedra na perna de Benjamin e desferiram dois disparos de cartucheira de calibre 12, em suas costas. Posteriormente, jogaram-o de cima da ponte que passa sobre o rio e que mede aproximadamente 150 metros de altura.
O MP alegou que ambos disseram que a vítima teria se jogado de cima da caminhonete na estrada. No entanto, segundo o laudo pericial, a vítima foi encontrada com a pedra amarrada na perna direita e com dois tiros de espirganda calibre 12 nas costas.
Julgamento
Nenhuma das testemunhas acusatórias estiveram presentes no julgamento, que durou quase cinco horas. O processo foi encaminhado a Goiânia pelo fato de que o pai do réu é o ex-deputado e ex-secretário de Estado Ibsen de Castro, que poderia influenciar o corpo de jurados.
Alexandre irá cumprir a pena na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia.