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Segurança

Família pede ajuda para tratamento de neto

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Cuidados  freqüentes dispendidos pela Polícia Militar, pelo SAMU e pelo Conselho Tutelar, ao adolescente de 16 anos que sofre de problemas mentais, vez que a cada dia, vem se tornando mais agressivo, representando um risco para a harmonia social dos familiares, moradores e pessoas que constantemente prestam assistência ao mesmo durante as crises. A situação é colocada à tona pelo JORNAL O GOIÁS, que busca sensibilizar a sociedade e os órgãos públicos para a solução do caso.

A oitava ocorrência registrada, aconteceu na tarde desta segunda – feira (1), dia em que o menor agrediu o avô de 70 anos, Carmino Mendes da Silva, o tio Benival Mendes da Silva, e feriu ainda a avó de 62 anos, Lázara Rita da Silva.
O Conselho Tutelar trouxe o fato até esta reportagem e nos apresentou no hospital, a avó e o menino que dormia sobre medicação. Em seguida, visitamos a residência da família no Jardim dos Passarinhos.
De acordo com Dona Lázara, o neto é uma boa pessoa, trabalhador, mas devido a doença e os remédios controlados aliados com a bebida tomada escondido, fica descontrolado, ferindo a si próprio e a quem estiver por perto. Por duas vezes o rapaz tentou suicidar-se tomando 40 comprimidos e veneno. A avó não soube informar ao certo o problema do neto, mas afirmou que este já fez tratamento em Goiânia e toma 3 medicamentos dados regularmente pela avó. Uma das soluções apresentadas pelo medico, é uma cirurgia na cabeça avaliada em R$ 45.000.00.
Quanto aos pais da jovem, a família comentou que a mãe não tem condições de tratar o filho e mora em outra cidade. O pai mora em Brasília e manda R$ 200,00 por mês. Mas, para a família materna, ele tem condições de prestar maior assistência, “Nós somos pobres e nos mantemos com a renda da aposentadoria do meu esposo. Não temos beneficio do governo. O dinheiro que ele envia, mal custeia os remédios”, comenta Dona Lazara sobre as 5 pessoas que moram na casa.
Na residência, o Sr. Cármino e o tio Benival, narraram a briga e mostraram as escoriações decorrentes desta, “A polícia nem vem aqui mais, pois em um episódio anterior meu sobrinho jogou uma pedra na viatura e já tentou agredir policiais. Só depois que o Conselho Tutelar e o SAMU acionaram a Polícia para apoio, é que esta veio,” lembra.
Para os vizinhos, o menino é uma ameaça. Todos fecham as portas e veem o drama e a dificuldade da família. A tia que mora na esquina da rua, há um ano não visita a mãe por medo do menor. Não bastassem as crises, o adolescente constantemente faz ameaças de morte à família e quebra janelas, portas e mobília da casa, ”Nós dormimos com as portas trancadas”, afirmou a avó.
A família acredita que a cirurgia, ou a guarda sendo assumida pelo pai, contornaria a situação. “Eu amo meu neto, às vezes tiro as coisas dos meus filhos para dar a ele, mas o que estamos vivendo é insuportável”, confessou Dona Lázara.
Conforme o Conselho Tutelar, pelo menos quatro encaminhamentos já foram feitos à promotoria, afim de que soluções sejam apontadas para o caso, mas nada foi feito até agora. O quadro clínico do garoto só vem piorando. Será necessário um desastre maior com risco de vida para que soluções sejam tomadas?

 

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