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Ex-mulher de Cachoeira deixa sessão da CPI como investigada

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Após o depoimento desta quarta-feira (8/8) à CPI mista do Cachoeira, a ex-mulher do contraventor, Andréa Aprígio, passou a ser tratada também como investigada. A afirmação é do relator, senador Odair Cunha (PT-MG), para quem Andréa deixou de explicar muitos fatos apontados nas investigações. Andréa é suspeita de operar como ‘laranja’ em empresas ligadas à organização de Carlinhos Cachoeira.
Andréa compareceu à CPI amparada por habeas corpus que lhe garantia o direito de permanecer em silêncio. Mesmo assim, concordou em falar à CPI em reunião secreta, mas não respondeu a todas as perguntas feitas pelos parlamentares, especialmente com relação à sua evolução patrimonial. Para Odair Cunha, ficou claro que as relações da depoente com o ex-marido não são só pessoais.

“Eles têm vínculos negociais, vínculos econômicos, e isso reforça a necessidade de continuarmos investigando essa organização criminosa”, afirmou.

A opinião de que a situação de Andréa se complicou é compartilhada pelo presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), e pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Para eles, o silêncio em questões simples é difícil de explicar.

“É evidente que o silêncio fala. E o silêncio a condena. Ela não responde sequer coisas do cotidiano da vida dela de empresária. Andréa sai deste depoimento como cúmplice de Cachoeira. Agora o esforço vai ser provar isso”, opinou o deputado.

PRÓXIMOS PASSOS

Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), os depoimentos não acrescentaram muito à investigação. Na opinião do senador, é preciso ouvir o ex-presidente da Delta, Fernando Cavendish, e o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, além de reconvocar Carlinhos Cachoeira, que ficou calado durante seu depoimento em maio.

“Temos que buscar os artífices principais desse escândalo de corrupção, principalmente no que diz respeito ao desvio do dinheiro público através de contratos generosamente celebrados com a Delta”, disse Alvaro Dias.

Os requerimentos para a convocação de Pagot e Cavendish foram aprovados em julho, mas ainda não há data para os depoimentos. A decisão pode sair na próxima terça-feira (14), quando será realizada reunião administrativa da CPI.

Na quarta-feira (15), devem ser ouvidos Rosely Pantoja, sócia de uma das empresas suspeitas de integrar o esquema da organização, e Edivaldo Cardoso de Paula, ex-presidente do Detran de Goiás, que aparece em ligações interceptadas pela polícia conversando com integrantes do grupo.

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