Ex-agente prisional é preso suspeito de estuprar enteada de 12 anos em São Luís

Na manhã do último sábado, 21, ao acordar depois de trabalhar durante toda a noite, a mãe, que aqui será identificada como “Maria”, levantou-se e ao entrar no barracão dos fundos da sua residência se deparou com a cena mais terrível já vista por ela. A filha de apenas 12 anos sendo molestada sexualmente pelo próprio amásio.
O suspeito é o servidor aposentado da Agência Prisional do Estado, Alfredo Filemon Neto, de 59 anos. Maria conta que ficou revoltada e entrou em pânico ao ver o marido sem a calça e se esfregando em sua filha. Segunda a mãe, a reação foi imediata. “Eu gritei, peguei minha filha e fomos para a delegacia denunciar esse monstro”, conta.

Após ser acionada pelo plantonista da delegacia, a equipe policial, composta pelo Sargento Ailton e pelos Soldados, Émerson, Mota e Modesto chegou rápido ao local do crime e efetuou a prisão de Alfredo Filemon que, segundo os policiais, já estava de malas prontas tentando se evadir do local. Após ser questionado se possuía arma de fogo, Filemon confessou que tinha um revólver. Depois de uma revista no interior da residência a arma foi encontrada, com algumas munições intactas.
 
O suspeito foi levado ao Hospital Municipal para ser submetido a exames de praxe e em seguida encaminhado à delegacia de polícia, onde ficou sob os cuidados do delegado plantonista, Tiago Junqueira.
 
Em depoimento, a vítima disse ao delegado que esta não foi a primeira vez que o padrasto a teria molestado. “Esta foi a quinta vez”, disse ela. Filemon nega que tenha mexido com a enteada. No mesmo dia a garota, que foi assistida o tempo todo pela conselheira tutelar, Irmã Eunice, foi trazida ao Instituto Médico Legal (IML) de Iporá para a realização de exames. O resultado deverá sair em breve.
 
Maria conta que mantinha um relacionamento com o suspeito há cerca de dois anos e que ele era uma pessoa calma e que nunca demonstrou ser capaz de cometer esse tipo de atitude. Para ela, ele aproveitava do fato dela trabalhar em uma empresa no turno noturno para abusar da criança. “Eu nunca mais quero ver ele. Eu quero justiça”, desabafa ela.
 
De acordo com Tiago Junqueira, Filemon, que está recolhido no presídio local, foi autuado pelo crime de posse ilegal de arma de fogo e por estupro de vulnerável. Pelo primeiro crime ele poderá pegar de 1 a 3 anos prisão e pelo segundo de 8 a 15 anos de reclusão.