Em votação secreta, vereadores aprovam veto e impedem servidores de indicar tesoureiro do IPASI

Em sessão na manhã desta segunda-feira (26), a Câmara Municipal de Iporá aprovou, em votação secreta, o veto da prefeitura que propunha impedir que o Sindicato dos Trabalhadores de Iporá (SINDIPORÁ) indicasse a equipe responsável por administrar o Instituto Previdência Assistência Social Servidores Públicos Municipais (IPASI).

O instituto que é responsável por gerir atualmente mais de R$ 12 milhões de reais, valor que é destinado para o pagamento de salários dos servidores aposentados e pensionistas do município, continuará a ter os cargos de presidentes e tesoureiro indicados pelo prefeito, fato que segundo o presidente do SINDIPORÁ, Adair Francisco, nada contribui para o fortalecimento da classe trabalhista em Iporá, uma vez que o dinheiro é dos servidores, portanto nada mais justo que os próprios servidores zelem e fiscalizem a utilização do mesmo.

A votação que foi realizada de forma secreta, teve o resultado de 7 votos favoráveis a vetar o direito dos servidores, contra 6 vereadores que se posicionaram favoráveis aos servidores do município de Iporá.

Durante toda a sessão houve discussões acaloradas entre o vereador Gumercindo Fio (PPS), autor do projeto, com os vereadores que defendiam o veto da Prefeitura. Fio tentou fazer com que a votação não fosse secreta, porém o presidente da Câmara, Duilío Siqueira (PSDB) não aceitou as argumentações e confirmou o que já havia sido anunciado, a votação seria realizada secretamente.

Durante a sessão, os vereadores, Fio (PPS), Elione (PMDB), Paulo Alves (PT) Valdomiro de Paula (PT) se mostraram preocupados com a forma que esse dinheiro seria gerido, já que com a aprovação do veto, a função pode se tornar uma espécie de “cargo de confiança”, o pode dar ao prefeito  total liberdade para fazer retiradas de qualquer quantia, o que segundo o vereador Elione, é um risco, já que a disponibilidade desse dinheiro estará livre para qualquer prefeito, apartir de hoje, portanto é um grande risco que os funcionários públicos do município enfrentarão constantemente.

Mesmo a votação sendo secreta, seis vereadores  se pronunciaram contra ao veto, deixando claro seus posicionamentos no voto durante seus discursos, confira acima um quadro com os vereadores que, em discursos individuais, assumidos na manhã de hoje, votaram contra ao  veto, do outro lado os vereadores que em discursos defenderam o veto, ou preferiram permanecer em silêncio e não comentar a votação.