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Educação

Educadores Iporaenses entregam carta com reivindicações ao Subsecretário de Educação

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Diretores, professores e membros do  entregaram na manhã de ontem (13) uma carta contendo as principais reivindicações que foram apresentadas na reunião da Última segunda feira (9) para o Subsecretário de educação Jerônimo Martins, o ato serve para mostrar a insatisfação dos professores com o descaso do estado com a categoria, para a maior compreensão do assunto segue abaixo a carta entregue e divulgada pelo SINTEGO.

Professor Jerônimo Martins de Brito Neto,
Subsecretário Regional de Educação de Iporá

Gostaríamos de chamar a atenção para alguns aspectos da nota divulgada pela Secretaria Estadual de Educação, no dia 10 de maio, a respeito da exigência de reposição das aulas do dia 11 de maio, uma vez que os trabalhadores em Educação paralisaram as atividades neste dia em protesto contra a falta de compromisso do Estado com a categoria e com o ensino público.
Primeiro, não lhes parece estranho que não se tenha esse mesmo respeito no dia-a-dia do professor? De forma muito velada, estamos nos distanciando da democracia conquistada pelo povo brasileiro com muita luta. O início desse governo foi marcado por muitos desmandos que afetam todos nós que estamos primando pela qualidade do ensino oferecido aos nossos alunos.
Há vários empecilhos para o alcance desse nosso objetivo. A resistência das autoridades competentes em pagar o piso salarial votado, aprovado e aguardado há muito tempo. Isso obriga os professores estão sendo obrigados a se desdobrarem para trabalhar em duas, três ou até mais instituições na tentativa de melhorarem seus rendimentos. São jornadas desumanas que atrapalham o desempenho do educador.
Outro fato que atrapalha o desenvolvimento da educação é a nova modalidade de pagamento instituída pelo governo Marconi: salários parcelados, mesmo tendo declarado algumas vezes que o estado tem o dinheiro para pagar o funcionalismo da Educação integralmente. Queremos receber nosso salário integral e dentro do mês trabalhado. Nenhuma de nossas dívidas são pagas parcialmente, sem penalidades.
As modulações tem sido um ato figurativo nas escolas, pois as determinações têm vindo de um secretário de educação que é economista e não educador, o Thiago Peixoto. Precisamos que as modulações sejam respeitadas.
Os professores contratados em regime temporário estão com seus direitos básicos usurpados. Há contratados que ainda não receberam seus salários este ano (já estamos em maio).
Os funcionários técnicos administrativos precisam ser valorizados porque são indispensáveis nas escolas, no processo da construção dessa educação de qualidade que tanto defendemos e lutamos.
O Ipasgo que vem descontado em nossos contracheques, mensalmente, tenta impedir que seus usuários desfrutem de algo pelo qual paga, limitando as consultas para somente seis por ano, não considerando a necessidade do usuário.
Muitas de nossas escolas estão sucateadas, implorando por reforma.
Há falta de concurso público para suprir os muitos déficits no Estado. São vários contratos temporários que estão sendo dispensados sem que tenha autorização para novos contratos para assumirem as aulas e, enquanto isso os alunos estão sem aulas em várias disciplinas. Há escolas em que até o momento os alunos não tiveram aulas de determinadas disciplinas.
As progressões a que os profissionais da educação têm direito não têm sido assinadas e sempre a resposta é que estão em cima da mesa do governador para serem assinadas. Qual é a dificuldade?
A falta de segurança nas escolas é crescente, pois grande parte dos vigias noturnos são contratos temporários e os mesmos estão sendo dispensados. Há diretores que, na tentativa de preservar o patrimônio público, estão dormindo nas escolas.
Os diretores das escolas públicas estaduais não têm nenhuma autonomia. Não lhes é dado nem uma condição de exercer o cargo para o qual foram eleitos. E agora, de forma insolente e totalmente desrespeitosa, estão querendo acabar com a formação de chapas para eleição nas escolas. Delegaram a realização de provas para selecionar candidatos.
Além disso, é importante ressaltar que a educação não deve ser conduzida como se fosse uma empresa. O elemento fundamental da educação é a construção do ser humano crítico e cidadão. Isso não se constrói com pressão por resultados imediatos, mas através de investimentos que ornem a escola um lugar mais confortável, que estimulem professores a ministrarem aulas com prazer, e que permitam ao aluno ampliar sua formação continuamente.
Assim, reforçamos que as paralisações que aconteceram e que vão acontecer se fundamentam nas seguintes questões: Piso já; Ipasgo para os servidores; Data-base; Valorização dos administrativos; Reformas das escolas; Concurso Público; Progressões; Segurança; Quadro transitório; Pagamento dos contratos; Pagamento integral dos salários; Pagamento integral dos salários; Respeito às modulações; Não ao fechamento dos laboratórios; Respeito aos planos de carreira.
Estamos em plena luta e por isso a realização de paralisações com concentração de professores em Goiânia (ato de protesto em frente ao Tribunal de Justiça e Palácio das Esmeraldas).
Ficou claro que o economista Thiago Peixoto entende que “resguardar o direito dos estudantes de terem aula” é simplesmente cumprir horários em salas de aulas. Informamos que nossa missão vai além de babás. Somos educadores, preparados para tal. É por isso que manifestamos nossa indignação com tantos desmandos.

Paulo Alves de Oliveira
Presidente da Regional Sindical de Iporá

 

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