Segurança
Educação e Cidadania no Trânsito de Iporá: uma questão urgente!

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o trânsito é o resultado da junção entre condutores de veículos, pedestres e animais (art. 1, & 1°). Entretanto, normas e regras por si só não bastam, para que tenhamos harmonia no trânsito e fazer valer nossos direitos precisamos colocar em prática no dia a dia nossos deveres. A constitição de 1988 estabelece a liberdade individual de ir e vir de um ponto a outro, contudo, isso deve ser feito sem prejudicar o próximo, ou seja, o motorista deve respeitar o pedestre assim como o pedestre deve respeitar o motorista. Entende-se por espaço, as ruas, avenidas e os logradouros. O cidadão que divide esse espaço precisa se conscientizar-se que nossa vida depende do respeito e uma convivência harmônica entre máquinas e pessoas. É na democracia que atingimos a civilidade, uma vez que, civilidade depende de uma boa educação e respeitabilidade, o zelo pela vida e a integridade. Muitos condutores ao assumirem seus veículos se enchem de entusiamo e se esquecem que também são pedestres e que é responsável pelas suas ações, toda ação provoca uma reação de igual intensidade, no mesmo sentido ou sentido contrário, ou seja, o efeito de uma reação pode provocar estigmas dolorosos para todos os lados envolvidos em um trauma.
Portanto, as Leis que são resultados de um acordo estabelicido pelo cidadão e seus governantes, precisam ser respeitadas. Assim sendo, o Sistema Nacional de Trânsito, (SNT) tem como objetivo estabelecer diretrizes da política Nacional de Trânsito, com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambiental e à educação para o Trânsito, e fiscalizar seu cumprimento (art. 6 °). Neste sentido, o SNT compõe do conjunto de orgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que tem por finalidades o exercício das atividades de planejamento, administração entre outras. Entretanto, para cobrarmos precisamos fazer nossa parte neste acordo, fazer valer nossos deveres para obtermos nossos direitos. O artigo 72 do código de Trânsito estabele: “Todo Cidadão ou entidade civil tem o direito de solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e Implantação de equipamentos de segurança bem como sugerir alterações e normas, legislação e outros assuntos pertinentes a este Código”.
Em se tratando do trânsito de Iporá, o qual hoje conta com um fluxo crescente em demanda de grande número de veículos e transeuntes nas ruas e avenidas, precisa ser repensado. Os principais cruzamentos da cidade estão cada dia mais perigosos. Não dá para se aventurar e achar que pod se chegar e simplesmente atravessar, sem cautela, já que não sinalização correta, é importante ter prudência. Iporá precisa de sinalização, mas a sinalização também deve ser respeitada pelos condutores e pedestres. Podemos pontuar alguns cruzamentos que precisam de maior atenção como: o cruzamento da Rua Jacinto Moreira com a Avenida Pará, um cruzamento onde circula veículos de grande, médio e pequeno porte, o cruzamento da R 2 com a Rua Jacinto Moreira, onde no horário de pique se torna um perigo principalmente aos pedestres, entende se por pedestres também os ciclistas empurrando suas bicicletas, que se deslocam para as univeridades como UEG, FMB-FAI, outro cruzamento como a Avenida Dr. Neto com a Esmerindo Pereira dentre outros. Será que as rotatatórias são o suficiente para controlar a circulação de veículos? Precisamos de fiscalização, de sinalização e educação no Trânsito. Iporá se encontra em um verdadeiro progresso e isso é real e não podemos tapar os olhos, precisamos de medidas consistentes e não paliativas, ou muitos pagarão com sua própria vida pela falta de atenção e cuidados necessários a este grande espaço democrático que é o trânsito, o qual todos nós fazemos parte dele. A engenharia de Tráfego de nossa cidade deve ser repensada, é preciso criar alternativas que ajudem a melhorar nosso trânsito.
Outro ponto questionável é a questão do estacionamento, como os condutores estacionam ao lado do canteiro central nas principais avenidas da cidade, não respeitam nem as faixas amarelas, ou ignoram seu significado. Não fazem retorno nas rotátorias, fazem como querem no meio das ruas, ruas estas de grande fluxo de trânsito. Recentemente temos sido abalados por acontecimentos que vieram a chocar a sociedade, com fins trágicos de interrupção de vidas de adolescentes que se colidem com automóveis em cruzamentos como este na Marginal Tamanduá, será que gritos de lamentações resolverão o problema? Não, isso só não basta! É preciso educar para o trânsito, é preciso que nossas autoridades municipais tomem providência e sinalize nosso trânsito. Quantos jovens vão precisar pagar com sua vida pela falta de compromisso de todos nós, volto a frizar, somos responsáveis por nossas ações e toda ação tem uma reação, como diz “A Lei de Newton, o princípio da Inércia” dois corpos não ocupam o mesmo espaço.
Em suma, é preciso reeducar nossos condutores com promoção de programas de educação de trânsito, distribuir conteúdos programáticos para a educação no Trânsito, alterar a sinalização e/ou complementá-la, elaborar projetos e programas de formação, treinamento e especialização do pessoal encarregado da execução das atividades de engenharia, educação, policiamento ostensivo, fiscalização, operação e administração de trânsito, e promover a sua realização, fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas administrtivas cabíveis relativas a infrações. Estas são algumas medidas citadas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que implantadas poderão surtir efeitos positivos no trânsito de Iporá.
Elizangela Vilela de Almeida Souza
Especialista em História da Áfica e Afroamericanas pela UEG-UnUcseh
Instrutora de Trânsito da Auto escola Quatro Rodas – Iporá GO.
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