Dr. Saulo fala sobre a greve e justifica o caso Wallan

Há pouco comentada greve dos Peritos e Médicos legistas da Policia Técnico Cientifica em Iporá chegou ao fim semana passada, completando pouco menos que uma semana e findando-se juntamente com a greve dos Delegados, a justificativa é devido à passagem do prazo legal com o início das campanhas eleitorais. Os peritos criminais e os médicos legistas de Goiás resolveram aderir, na ultima quinta-feira (24/06), à greve da Polícia Civil do estado, decretada desde 17 de maio após o governo oferecer reajuste salarial para a Polícia Militar.
A reivindicação gritava por melhores condições de trabalho e o próprio reajuste salarial, uma vez que a categoria está com o piso salarial congelado desde 2006. No entanto não conseguiram nenhuma proposta do Governo.

Para o Dr. Saulo Menezes, único médico legista em Iporá a greve foi deflagrada tardiamente. ”Esperamos demais, perdemos o momento certo, mas foi muito importante no sentido de demonstrar a população nossas condições e perante os órgãos políticos nossa insatisfação.”
Segundo ele ainda as atividades estavam sendo realizadas apenas em perícias externas com vítimas de mortes violentas, perícias internas de flagrantes, estupro e atentado ao pudor, mas já voltaram ao normal.
Denúncia caso Wallan Diego
A morte trágica e violenta de Wallan Diego Souza Moreira, 19 anos, no ultimo dia 1, abalou a todos em Iporá, alem dos problemas com o trânsito outro fato gerou indignação as pessoas: o não comparecimento do IML e da pericia técnica.
Ao ser questionado sobre o porquê da falha, o Dr. Saulo denuncia a falta de estrutura. ”Nos não temos motorista próprio, e quem nos presta serviço são 2 motoristas emprestados pela 7ª Delegacia Regional de Policia e cada um cumpre 15 dias,naquele dia em particular o que estava de plantão havia ido ha Goiânia cumprir serviços da Delegacia onde é vinculado e por falta de motorista não teve como executar o recolhimento do corpo”.
Quanto à perícia Dr.Saulo relata a situação do IML. “Aqui em Iporá só existe 2 peritos e um médico legista ,os peritos cumprem carga horária de 40 hrs semanais trabalhando por  10 dias cada um e portanto em 10 dias restantes  Iporá fica sem peritos,no caso do Wallan Diego infelizmente o perito encarregado por aquele dia estava de férias” completa.
Alem do quantitativo da categoria ser pequeno o que atrasa a realização dos trabalhos, em entrevista Dr.Saulo nos informou que sua carga horária é de 20hrs semanais e que trabalha por 30 dias, já que não tem nenhum outro medico para substituí-lo, as criticas por isso também são grandes.
Concurso
O concurso realizado esse ano pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica em Goiás, prometia resolver em parte esse problema, mas em Iporá não houve nenhuma aprovação e, portanto essa situação calamitosa irá permanecer.

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