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Educação

Direção do Colégio Aplicação, respalda a ação movida pelo MP

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Há 26 anos em funcionamento, e desde 2006 atuando como escola de tempo integral, o Colégio Estadual de Aplicação sente nos seus alicerces, o desgaste causado pelo tempo e o descaso do governo. A ação protocolada pelo MP, no último dia 1º de Outubro contra o Estado e que diz respeito à situação precária das escolas de Iporá, é uma esperança para que de fato a reforma chegue às instituições de ensino.
Em entrevista ao O Goiás, a diretora educacional Suriá Rodrigues, revelou a angústia compartilhada por professores, funcionários, alunos e a comunidade face a precariedade das instalações do prédio, ”A questão é que há vários anos estamos pleiteando junto aos órgãos estaduais, pela reforma. O processo já está concluído e, chegaram até a anunciar o início das obras para Julho desse ano. Contudo, até agora ninguém apareceu”, desabafa.
A expectativa é que a escola seja contemplada com a verba para realizar as reformas e ainda para continuar atendendo com dignidade aos alunos e à comunidade: “Até que essa reforma seja por fim autorizada e concluída com recursos liberados, nós vamos, de uma maneira paliativa, organizar e reordenar nossas atividades”, afirma com pesar.
Da estrutura original construída em 1982, dois pavilhões foram erguidos pela comunidade. Alguns reparos também foram feitos em sete salas para o primeiro turno das eleições. Contudo, a direção afirmou que apenas os reparos não satisfazem a necessidade física do prédio, notadamente faceàs aulas no período integral.
Atualmente o colégio atende 252 crianças em tempo integral, 160 do 6º ao 9º ano, e dispõe ainda de cursos profissionalizantes, e da Universidade Estadual de Goiás no período noturno. A segurança no local praticamente inexiste, despida de muros, e a tela que cerca a unidade, é facilmente transposta por pessoas intencionadas. Os problemas agravam-se ainda mais, face a instalação elétrica ineficiente, portas quebradas e trancadas a correntes, vidros depredados, piso desgastado, e tantas outras deficiências. De acordo com a diretora, a escola vem recebendo grande volume de material pedagógico devido a sua atuação integral, e também foi uma das 5 selecionadas no Estado. A única na modalidade em que leciona, para participar do programa “Um Computador por Aluno” que visa entregar a unidade escolar pelo menos 400 máquinas. Entretanto, corre o risco de perder o beneficio, visto que a instalação impede a execução. ”Entendemos a importância dessa conquista e estamos lutando para não perdê-la. Reconheço também que a nossa realidade não é diferente das demais. Grande parte das escolas do município e das cidades vizinhas,  estão em estado de calamidade”, ressalta.
A educadora também fez uma ressalva, “é importante esclarecer e frisar que todos os meios possíveis para reclamar acerca das nossas dificuldades, foram feitas. Todas as informações necessárias para que a Secretaria de Educação do Estado de Goiás tivesse conhecimento dessa realidade, também foram repassadas ao longo desses anos”, concluiu Suriá.

Situação das escolas para o governo.

Desde 2006, o Governo vem concentrando esforços no sentido de regularizar a situação funcional das escolas. Construídas em áreas cedidas por prefeituras, e ou, por terceiros sem a devida escritura do terreno, as escolas ficaram impossibilitadas de receber obras de reforma ou ampliações, assim como de receberem financiamentos para projetos pedagógicos. Em 2006, apenas 19,84% das escolas encontravam-se em situação regular. Hoje, 57,37% das escolas estaduais estão com a situação regularizada.
O Colégio Odilon José de Oliveira da cidade de Iporá, por exemplo, está num terreno que não é do Estado. A escola precisa ser reformada. Os projetos de reforma e ampliação e construção de quadra e vestiário estão prontos, mas aguardam a regularização do terreno. O mesmo ocorre com a Escola Estadual Alto Paraíso de Aparecida de Goiânia. O projeto de reforma e ampliação, no valor de R$672.500,00, também aguarda a regularização. Duas outras unidades da rede pública estadual de Iporá, Colégio de Aplicação e o Centro de Convivência Juvenil, serão reformadas. A obra, no valor de R$ 285.000,00, foi licitada. Neste momento, a Secretaria da Educação aguarda a assinatura do contrato pela empresa vencedora. A outra escola é o Colégio Estadual Elias Araujo Rocha que passará por reforma geral, no valor de R$ 948.000,00.
Em Aparecida de Goiânia, as obras de reforma geral e ampliação do Colégio Estadual Maria de Fátima Santana, com valor estimado em R$ 889.200,00, estão em fase de orçamento. Ainda em Aparecida de Goiânia, o Colégio Estadual Jardim Tiradentes, é uma das 17 novas escolas que o Governo está construindo no momento. A obra envolve R$ 2.945.410,00.
Em Goiânia, o Colégio Estadual Jaime Câmara e o Colégio Estadual João Bênnio serão demolidos, dando lugar a duas novas escolas no padrão Século 21. A primeira obra já foi licitada e custará R$ 2.850.050,00. As obras do Colégio Estadual João Bênnio, no valor de R$ 2.940.800,00, já tem ordem de serviço expedida.
Apesar do Governo afirmar piamente o investimento na aérea da educação, as escolas estaduais de Iporá há anos aguardam por reformas. Diversas promessas marcaram essa trajetória, como o recente compromisso assumido pela Secretaria de Educação Milca Severino no dia 31 de Maio do corrente ano. Pelo visto recursos não faltam. Contudo, a vontade política deixe a desejar. É esperar para ver.
Colaboração: site: www.goiasagora.com.br

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